"Estamos a rever as informações segundo as quais a Marinha venezuelana pode ter interferido com os navios da [petrolífera] ExxonMobil. A Guiana tem o direito soberano de explorar recursos na suas águas territoriais e zona económica exclusiva", afirmou na rede social Twitter um dos porta-vozes da diplomacia norte-americana, Robert Palladino.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros guianês, uma embarcação militar venezuelana intercetou o navio de exploração Ramform Tethys, ao serviço da petrolífera, com 70 pessoas a bordo, em águas guianesas.
A Venezuela diz, por seu lado, que era o navio de exploração sísmica, que estava em águas venezuelanas.
Ambos os países pediram esclarecimentos um ao outro e dirigiram queixas às Nações Unidas.
A petrolífera afirmou ter suspendido alguns dos trabalhos no bloco que compreende 26.800 quilómetros quadrados de mar.
A Exxon começou a extrair petróleo na costa da Guiana em 2015 e desde então, o pequeno país de 750.000 habitantes vai a caminho de suplantar a Venezuela e o México, tornando-se o segundo maior produtor da América Latina, atrás do Brasil.
O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que a exploração pela petrolífera norte-americana é ilegal.
LUSA