“Hoje vai realizar-se a segunda reunião do grupo de trabalho que foi criado entre elementos do PSD e CDS com vista a um texto que é um acordo político para legislatura 2019/2023”, afirmou Rui Barreto à agência Lusa.
O responsável centrista madeirense informou que se reuniu na segunda-feira com líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, para “afinar aquelas matérias” em que os elementos do grupo “não estavam de acordo”.
“O caminho percorrido é bom e, portanto, prevejo que este acordo vai ser fechado positivamente”, afirmou.
Esse acordo, sublinhou, será levado ao conhecimento dos órgãos internos dos dois partidos e, depois, “haverá um momento para divulgar os termos” do documento publicamente e assiná-lo.
Porém, “a data ainda não está definida”, mas deverá ser “depois das eleições” nacionais de 06 de outubro, tal como tinha indicado
“Hoje, o que se prevê é que o grupo de trabalho lime as arestas que estão por afinar”, destacou, acrescentando que depois “há uma validação do documento final” pelos líderes nacionais do PSD e do CDS.
Contudo, realçou que “a data ainda não está definida”, mas deverá ser “depois das eleições” de 06 de outubro, tal como já tinha indicado Miguel Albuquerque.
Persistem ainda “alguns aspetos para trabalhar na orientação programática e depois é que se seguirão os aspetos que tem a ver com a orgânica” do novo executivo da Madeira.
Rui Barreto salientou que depois da decisão do PSD de governar em coligação e convidar o CDS para este projeto houve “uma vontade de ambas as partes em conversar e negociar”.
“Obviamente que houve avanços e recuos, houve bloqueios, mas também sempre com um enorme sentido de responsabilidade e Estado, colocando sempre os interesses superiores dos madeirenses acima de questiúnculas, assuntos particulares ou partidários”, salientou.
O responsável apontou que “o importante é a Madeira e criar um Governo estável e responsável que corresponda às legítimas aspirações do povo”.
Por isso, em todo o processo negocial “imperou o bom senso”.
Rui Barreto sublinhou que, desde a fundação da autonomia na Madeira, “pela primeira vez há a possibilidade de haver um governo de coligação”.
“É uma experiência nova para todos, convivências novas, partilha do exercício da governação, mas acho que o espírito de colocar o interesse geral das pessoas acima do pessoal ou partidário, o interesse da Madeira em primeiro lugar presidiu sempre às negociações”, vincou.
O PSD venceu em 22 de setembro as eleições legislativas regionais da Madeira, mas perdeu pela primeira vez a maioria absoluta, ao eleger 21 dos 47 deputados que compõem o parlamento regional.
Uma vez que o CDS-PP conseguiu três mandatos, os dois partidos juntos somam 24 deputados, número necessário para uma maioria absoluta.
O parlamento madeirense será composto ainda por 19 deputados do PS, três do JPP e um do PCP, que concorreu coligado com o PEV.
LUSA