O cabeça de lista socialista às eleições legislativas na Madeira, Paulo Cafôfo, afirmou sábado à noite, no Porto Santo, que a população só tem "duas opções" a 22 de setembro: continuidade do PSD ou mudança para o PS.
"Queremos ter reformas estruturantes, soluções concretas e integradas para o desenvolvimento da nossa terra, a governação não pode ser feita em cima do joelho", disse o candidato no primeiro comício de campanha, no centro da cidade Vila Baleira, perante dezenas de militantes e simpatizantes, sobretudo oriundos da JS.
Paulo Cafôfo declarou que é fundamental "ter a coragem para mudar e confiar no PS para governar a Madeira e fazer o bem ao Porto Santo", realçando que o PSD não vai ser capaz de resolver os problemas que deixou sem solução durante quarenta anos de governação ininterrupta.
"Depois desta época estival, nós teremos que tomar decisões e as decisões são já no dia 22 de setembro e é muito simples e muito claro aquilo que está em jogo: há só duas opções que estão em cima da mesa", reforçou.
Paulo Cafôfo, candidato independente apoiado pelo PS, salientou que o modelo de governação social-democrata está "gasto" e assenta no "compadrio" e no "medo", além de acusar o executivo liderado por Miguel Albuquerque de não governar para as pessoas, mas apenas para manter o PSD no poder.
"Nós não queremos isto", vincou, sublinhando que só o PS pode "resolver os problemas" da região autónoma.
"Para melhorar a Madeira, para melhorar o Porto Santo, temos de fazer diferente, temos de fazer melhor", declarou, indicando como setores prioritários a saúde, o emprego, a educação e a habitação.
Cafôfo prometeu também avançar com a escolaridade obrigatória totalmente gratuita até ao 12.º ano, incluindo transportes, manuais e refeições, e, por outro lado, garantiu que é possível evitar a emigração de jovens com a criação de mais postos de trabalho ao nível do turismo e da economia do mar.
"O primeiro comício tinha de ser na primeira ilha", disse Paulo Cafôfo, numa referência ao facto de esta ter sido a primeira a ser descoberta pelos portugueses, em 1418, seguindo-se a Madeira em 1419.
O candidato salientou que o Porto Santo tem de estar na "linha da frente" todo o ano e não apenas no período de verão, pelo que prometeu um conjunto de ações em diversos setores.