“O BE proporá no parlamento [regional] que se crie uma empresa de navegação madeirense onde se garanta as ligações entre a Madeira e o Porto Santo e com o continente, para que os porto-santenses e também os madeirenses tenham livre circulação dentro do território nacional”, adiantou Roberto Almada, recordando que durante os meses de janeiro o navio Lobo Marinho, que assegura a ligação marítima entre a Madeira e o Porto Santo, vai para manutenção.
O candidato do BE, partido que em 2019 perdeu a representação no parlamento do arquipélago, falava no final de uma ação de campanha para eleições de 24 de setembro junto ao parque de campismo do Porto Santo.
Elegendo a mobilidade como uma das questões que o Governo Regional (PSD/CDS-PP) e o Governo da República (PS) têm de resolver, Roberto Almada prometeu que se for eleito continuará a instar o executivo madeirense a resolver “de forma mais célere” os problemas com os contratos de concessão para operar a rota aérea entre a Madeira e o Porto Santo.
“Muitas vezes não é renovado atempadamente o contrato, que o Governo da República deveria ter tornado mais efetivo e ter resolvido essa situação de forma mais célere. Nós continuaremos e vamos junto do parlamento instar o Governo Regional e o Governo da República também para que esse problema seja resolvido de forma célere”, disse.
Em agosto, a companhia aérea Binter anunciou que vai continuar a operar a rota entre a Madeira e o Porto Santo até 23 de fevereiro de 2024, na sequência da prorrogação do contrato de concessão pelo Governo.
O cabeça de lista do BE, que é técnico superior de Educação Social, considerou igualmente fundamental a regionalização da operação portuária, adiantando que essa proposta voltará a ser apresentada pelo partido.
Relativamente à queixa que o BE/Madeira apresentou no domingo à Comissão Nacional de Eleições (CNE) contra o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, que se recandidata nas legislativas do dia 24, devido a uma visita do social-democrata a obras de canalização de ribeiros no Funchal, Roberto Almada lamentou a utilização de meios do executivo na campanha.
“O BE reserva-se ao direito de recorrer quantas vezes for necessário às instâncias que forem necessárias para que o PSD e o CDS não façam campanha com meios que são de todos nós e que são pagos por todos nós, contribuintes”, assegurou.
Nas legislativas da Madeira há 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
Lusa