Hugo Mendes demitiu-se em 4 de janeiro, juntamente com o então ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, na sequência da polémica saída de Alexandra Reis da TAP, em fevereiro de 2022.
Na altura da saída do Governo, ministro e secretário de Estado disseram não ter memória da polémica indemnização, porém, em 20 de janeiro, informaram, em comunicado, ter encontrado uma mensagem da qual não se recordavam em que era dada anuência política àquele valor.
Ao longo das audições na comissão parlamentar de inquérito, que arrancaram em 29 de março, tem sido abordada a intervenção do ex-secretário de Estado noutras questões polémicas, como no caso da alteração de um voo do Presidente da República, por conveniência política.
Ourmières-Widener enviou um email a Hugo Mendes a pedir a sua opinião sobre o pedido que recebeu da agência de viagens, tendo o então governante respondido que era importante manter o apoio político de Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que era o “principal aliado” do Governo mas que poderia tornar-se o “pior pesadelo”.
Na audição da ex-presidente executiva na comissão de inquérito, em 4 de abril, ficou ainda a saber-se que Hugo Mendes teria dado ordens à gestora para não falar com nenhum outro ministério a não ser o das Infraestruturas.