Estas referências de Augusto Santos Silva sobre a situação da Ucrânia, em que condenou a invasão russa, foram feitas na parte final do discurso que proferiu na sessão solene de boas-vindas ao chefe de Estado do Brasil, Lula da Silva.
Na presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do primeiro-ministro, António Costa, Augusto Santos Silva sustentou que Portugal e Brasil “ambicionam um mundo seguro e sustentável, regulado pelo Direito Internacional, um mundo multipolar em que cada nação tem o seu lugar, um mundo governado por instituições e agendas multilaterais comprometidas com a paz, com o desenvolvimento e com os Direitos Humanos”.
Após defender a entrada do Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros referiu-se à questão da Ucrânia, em que as posições portuguesa e brasileira não são totalmente coincidentes.
“O mundo precisa de Portugal e do Brasil, e precisa agora mesmo. Agora que ocorre no leste da Europa um conflito sangrento e dramático cujos efeitos políticos e económicos são globais”, apontou o presidente da Assembleia da República, antes de se realçar que “o povo ucraniano é vítima de massacre e de destruições bárbaras”.
“Apoiamos a Ucrânia na luta pela independência e integridade territorial. O cravo vermelho que hoje celebra a nossa liberdade simboliza também a liberdade por que se batem hoje os ucranianos”, frisou o presidente da Assembleia da República, recebendo palmas de pé de deputados do PS e do PSD.