A investigação da Polícia Judiciária relacionada com suspeitas de criminalidade económica e financeira na Madeira, que tem oito detidos, abrange pelo menos 25 concursos efetuados entre 2020 e 2024, informou a Procuradoria-geral da República.
O comunicado inicial da PGR referia que a investigação abrangia o período entre 2014 e 2020, que totalizam mais de um milhão de euros (sem IVA).
Entre os detidos na terça-feira estão o presidente da Câmara da Calheta e da Associação de Municípios da Madeira (AMRAM), Carlos Teles, o antigo secretário regional da Agricultura Humberto Vasconcelos, o presidente do conselho diretivo do Instituto da Administração de Saúde da Madeira (IASAÚDE), Bruno Freitas, o ex-diretor regional da Agricultura, Paulo Santos, bem como Humberto Drumond e Miguel Nóbrega, administradores da empresa Dupla DP, uma agência de comunicação, publicidade e marketing, e duas funcionárias públicas.
A operação denomina-se “AB INITIO” e mobilizou 110 elementos da PJ, quatro procuradores do Ministério Público, dois juízes do Tribunal Judicial do Funchal e seis elementos do Núcleo de Assessoria Técnica, indicou a Polícia Judiciária.
Os detidos ficaram no Estabelecimento Prisional do Funchal.