"Quero destacar as estreias nacionais de Aisha Badru [EUA], Kristoffer Lo [Noruega], Pyrit [Alemanha] e Iara Rennó [Brasil], que fará o primeiro concerto em solo português", disse Nuno Barcelos, considerando que o festival mantém a tradição de "independente e de novas tendências musicais, numa lógica de descoberta e de excelência musical".
No total, vão ser 12 concertos que irão acontecer a partir de 30 de junho, até 06 de outubro, aos sábados e em algumas quartas-feiras, sempre às 22:00, no mesmo local,a Estalagem da Ponta do Sol.
"Costumo dizer que os Concertos L [são] um ‘não festival’, mas sim uma mostra de música nova, que reúne um público especial numa troca de ideias e de energia", disse o programador.
O conceito associado "procura novas tendências e é direcionado para pessoas que gostam realmente de música, sendo que quase todos os concertos são de também de artistas que visitam a ilha da Madeira pela primeira vez, e [são] totalmente assumidos pela Estalagem da Ponta do Sol, não tendo um intuito comercial ou lucrativo", explicou.
No alinhamento dos concertos deste ano, os portugueses Sara Tavares, Tatanka e Maria João apresentar-se-ão "todos com projetos autorais" muito recentes, "do final de 2017 ou de 2018".
Sobre o alinhamento, Nuno Barcelos, disse que "a programação não é selecionada a pensar no que está na moda, mas sim, no que de novo pode [a iniciativa] oferecer ao seu público".
Os Concertos L têm primado por estreias absolutas na Madeira, com projetos, alguns deles, "arriscados, mas sempre numa procura do que de melhor se faz nos vários géneros musicais e das novas tendências".
Pelas edições anteriores passaram nomes como António Zambujo, JP Simões, Dead Combo, Mão Morta, Tcheka, Samuel Úria, B Fachada, Rão Kyao, A Naifa, Filho da Mãe, Silva, Carmen Souza – nomeada para um Grammy -, entre tantos outros.
Em termos de calendário, este ano, a brasileira Iara Rennó abre a série, no sábado, 30 de junho, seguindo-se o norueguês Kristoffer Lo, que atua a 07 de julho, e o português Tatanka, a 18 de julho.
Iara Rennó, cantora, compositora, instrumentista, produtora e atriz, é apresentada como "um dos nomes fortes da música independente e experimental do Brasil", na atualidade, tendo trabalhado com Elza Soares, Ney Matogrosso e Tom Zé, entre outros músicos.
Na primeira digressão na Europa, Iara apresenta-se em trio, com Ricardo Dias Gomes (baixo e sintetizadores) da banda Cê, que trabalhou com Caetano Veloso, e ainda Felipe Bastos (bateria e electrónica). O concerto conta com vídeo da cineasta Patrícia Black.
Kristoffer Lo é membro de bandas como Pelbo, Orquestra de Jazz de Trondheim, Microtub, Sunswitch e Highasakite, e o seu álbum "The Black Mea" foi considerado pela crítica "um dos melhores na área experimental".
Tatanka, o vocalista dos The Black Mamba, apresenta-se na Madeira quando se encontra a finalizar o álbum de estreia a solo.
Em agosto, no dia 01, o programa conta com Edmar Castaneda, que já tocou com Sting e Paco de Lucia, e Gregoire Maret, que tocou com Pat Metheny, Herbie Hancock e Marcus Miller.
No dia 11, realiza-se o concerto em parceria com a Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, desta vez com a artista egípcia Nadah El Shazly.
A 15 de agosto, é a vez do madeirense Gonçalo Caboz e, no dia 22, a voz de Maria João cruza-se com o guitarrista André Santos.
Em setembro, logo no dia 01, surge Pyrit, o projecto de Thomas Kuratli, seguindo-se as canções da nova-iorquina Aisha Badru, no dia 15, o ‘post-rock’ dos portugueses Indignu, a 22, e a cantora Sara Tavares, que fecha o mês, no dia 29.
A edição deste ano fecha a 6 de outubro com Joyce Candido, "uma das vozes do momento da nova geração do samba e da música popular brasileira", adianta a apresentação dos Concertos L.
LUSA