A central sindical alertou as estruturas sindicais "para a necessidade de uma atenção redobrada e de uma denúncia implacável face aos empregadores que vêm nestas novas formas de prestação de trabalho mais uma oportunidade para retirar direitos, dividir trabalhadores e corroer o edifício da negociação coletiva".
"Na sequência da entrada em vigor do novo regime jurídico do teletrabalho, a UGT tem tido conhecimento de práticas lesivas dos direitos dos trabalhadores, nomeadamente por parte de grandes empresas do setor privado e do setor público empresarial, pelas quais se procura não apenas minar a equidade entre os teletrabalhadores e os demais trabalhadores, mas igualmente atentar contra direitos há muito consagrados na contratação coletiva feita com os sindicatos", afirmou a central sindical numa nota de imprensa.
Segundo a UGT, algumas empresas estão a aproveitar os pedidos de teletrabalho para tentar fazer acordos em que diversos subsídios são eliminados ou em que tentam passar os acréscimos de despesas para os trabalhadores.
Lembrando "as lacunas e imprecisões" da nova legislação do teletrabalho, a UGT reafirmou que a negociação coletiva deveria ter um papel central na regulação do teletrabalho, tendo em conta as especificidades dos setores e empresas.