“A capacidade de carga existente não é suficiente para responder à procura existente, razão pela qual a TAP tomou a decisão de converter estes aviões, que antes operavam na companhia para o transporte de passageiros, em cargueiros”, explicou a empresa, adiantando que, “apesar de todas as incertezas existentes no mercado, as previsões apontam para que a procura de transporte aéreo de carga se mantenha elevada”.
Segundo a TAP, “os aviões em causa estão parados devido ao processo de certificação da nova configuração”, sendo que “a empresa de design e certificação contratada para a conversão está a trabalhar com a EASA [Agência Europeia para a Segurança da Aviação] neste processo, que se tem revelado mais exigente e moroso do que inicialmente planeado”, indicou.
De acordo com a TAP, “prevê-se que os aviões estejam certificados e que entrem em operação durante o período de verão”. As aeronaves foram reconvertidas em 2020.
A TAP teve um prejuízo de quase 1.600 milhões de euros no ano passado, apesar do aumento do número de passageiros transportados e das receitas relativamente ao ano anterior, segundo comunicou a empresa, em abril.
Na informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa diz ainda que as receitas operacionais atingiram os 1.388,5 milhões de euros, um aumento de 328,4 milhões (+31,0%) em comparação com as receitas operacionais de 2020.
Além do crescimento das receitas de passageiros de 218,8 milhões de euros, "este valor foi particularmente favorecido pelo aumento das receitas de carga e correio, que aumentaram 88,0% (110,5 milhões de euros), compensando na totalidade o declínio de 13,7 milhões de euros […] das receitas de manutenção", explicou.