Ouvido hoje no parlamento, no âmbito de uma audição regimental, João Leão referiu que o Governo conta ter o plano de reestruturação da TAP terminado durante o primeiro semestre, precisando que os valores que “estão a ser trabalhados não se afastam dos valores que foram inicialmente propostos”.
“Podem existir ajustamentos, mas é dentro daquele quadro que estamos a trabalhar”, referiu em resposta ao deputado do PS Fernando Anastácio, que tinha questionado o ministro se o processo de reestruturação da TAP poderia repetir o desfecho do que visou a Caixa Geral de Depósitos, que foi dado por concluído na semana passada pela Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia.
O caso da CGD foi trazido para a audição pelo ministro que, na sua intervenção inicial, quis mostrar o seu reconhecimento a todos os trabalhadores e gestão do banco público.
João Leão disse ainda que a previsão é que a capitalização da companhia aérea possa ir a valores próximos dos três mil milhões de euros, com este processo a ter como objetivo “garantir que já em 2022 a TAP fica adequadamente capitalizada” para fazer face ao futuro e a partir daí ter condições para se financiar no mercado.
Antes, em resposta ao deputado do PSD Afonso Oliveira, João Leão lembrou que a situação pandémica do primeiro trimestre foi mais adversa, mas que o contexto atual é mais positivo e mais favorável à retoma da atividade pela companhia.
Em 23 de abril, a Comissão Europeia aprovou um auxílio estatal intercalar de Portugal à TAP, no valor de 462 milhões de euros, para compensar prejuízos devido à pandemia de covid-19, mas disse ainda não ter concluído a avaliação do plano de reestruturação.