“Vivemos uma nova crise que se instala e se soma às anteriores, que nos ameaça com ainda mais precariedade no trabalho e na vida. Ameaça-nos a inflação, a degradação dos salários, o aumento do custo de vida, as dificuldades em pagar as contas, o desemprego e a precariedade, todas as precariedades”, considerou a associação, em comunicado, acusando o novo Governo de maioria absoluta do PS de não querer responder a estes problemas e passar “mais uma vez a fatura” aos trabalhadores.
A associação que luta pelos direitos no trabalho e para quem a precariedade “se tornou estrutural” vai, assim, juntar-se esta tarde a concentrações convocadas por várias organizações, em Lisboa e no Porto, integrando, de seguida, os desfiles organizados pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN).
“Saímos às ruas contra a exploração e todo o tipo de opressões, que nos roubam e adiam a vida, que nos tiram o presente e o futuro”, informou a Precários Inflexíveis, em comunicado.
A Precários Inflexíveis assume-se como uma organização que luta também pelo “direito à cidade” e contra o “projeto de gentrificação liberal”, pelos direitos dos cuidadores informais e pela transição climática aliada à justiça social e laboral.
“Lutamos contra todas as discriminações, cujas consequências para quem as sofre se agravam com as várias crises. Rejeitamos a guerra, a sua insuportável destruição e as vítimas que continua a fazer. Afirmamos a nossa solidariedade com quem foge da guerra ou procura uma vida melhor, recusando o oportunismo que quer transformar estas pessoas em mão-de-obra barata”, acrescentou a associação.
O Dia do Trabalhador comemora-se hoje sem restrições por todo o país, com a CGTP a promover iniciativas em mais de 31 localidades do país e a UGT um debate sobre os desafios do mundo laboral, em Lisboa.
O 1.º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, teve origem nos acontecimentos de Chicago de há 136 anos, quando se realizou uma jornada de luta pela redução do horário de trabalho para as oito horas, que foi reprimida com violência pelas autoridades dos Estados Unidos da América, que mataram dezenas de trabalhadores e condenaram à forca quatro dirigentes sindicais.