Segundo o documento, em 30 de junho, o emprego no setor das administrações públicas situava-se em 668.043 postos de trabalho, “revelando um aumento de cerca de 1,3% em termos homólogos, correspondendo a mais 8.365 postos de trabalho”.
Em comparação com o final do trimestre anterior, o emprego nas administrações públicas diminuiu 1.197 postos de trabalho (-0,2%), “em resultado da quebra do emprego na administração central” (menos 1.824 postos de trabalho, correspondentes a uma queda de 0,4%).
Esta diminuição foi resultado, essencialmente, da cessação, no final do ano letivo, de contratos de trabalhadores nos estabelecimentos de ensino básico e secundário, em particular, técnicos superiores para atividades de enriquecimento curricular (AEC), assistentes operacionais e docentes, justifica.
A publicação trimestral, através da qual a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) divulga informação estatística sobre o emprego público, sublinha ainda, neste período, a saída definitiva de médicos nos estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde, Entidades Públicas Empresariais e Agrupamentos de Centros de Saúde do Ministério da Saúde, por motivos de extinção da relação jurídica de emprego ou caducidade de contrato, entre outros.
Por outro lado, o aumento de emprego, no trimestre, no Ministério da Administração Interna (1,5%) decorre principalmente de novos contratos a termo de vigilantes da floresta na GNR para as operações de prevenção de incêndios durante o verão e no Ministério da Justiça (2,9%) do recrutamento de novos guardas prisionais.
O emprego por subsetores das administrações públicas manteve uma estrutura idêntica à do trimestre anterior, com 76,2% dos trabalhadores a encontrarem-se em entidades da administração central, 16,7% na administração local e 5,6% na administração regional autónoma.
Com um peso na população total de cerca de 6,5% (rácio de administração), o emprego no setor das administrações públicas representava, no final do segundo trimestre, cerca de 12,8% da população ativa e de 14% da população empregada.
Por outro lado, refere, seis em cada 10 trabalhadores das administrações públicas são mulheres, “mantendo uma elevada taxa de feminização no setor, acima do mesmo indicador para o total da população ativa”.
Na mesma data, as mulheres trabalhadoras nas administrações públicas representavam 15,6% da população ativa do mesmo sexo.
Os dados revelam também que, em abril de 2017, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das administrações públicas situava-se em cerca de 1.461,3 euros, correspondendo a uma variação global média de 0,3% em relação ao mês de referência do trimestre precedente (janeiro) e a uma variação homóloga de 2%, “por efeito conjugado do impacto das políticas remuneratórias” e “da entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios”.
O ganho médio mensal nas administrações públicas foi assim estimado, para abril de 2017, em 1.677,2 euros, indiciando uma queda no trimestre de 0,3% e a variação homóloga de 2%.
LUSA