A criação de uma rota do vinho na Madeira, proposta pela Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) em 2016, "ainda está a ser trabalhada", revelou hoje, no Funchal, o secretário-geral da instituição, José Arruda.
"Basicamente, é necessário pôr vários parceiros a trabalhar em rede: não só os municípios e as entidades governamentais, mas também os privados", disse à agência Lusa o responsável, na sequência de uma reunião onde a AMPV abordou o estado da oferta enoturística em Portugal, bem como as estratégias para a promoção internacional.
José Arruda disse que o sucesso de uma rota do vinho implica, sobretudo, que o tema seja "bem tratado" ao nível dos restaurantes e dos estabelecimentos de turismo rural.
"É preciso ter em consideração que Portugal já é mais conhecido internacionalmente pelo vinho do que pelo sol e praia", vincou, sublinhando que, nesta perspetiva, o vinho Madeira, sendo tão conhecido internacionalmente, pode trazer cada vez mais turistas ao país.
O secretário-geral da AMVP realçou, ainda, a importância de juntar as rotas do vinho a outros tipos de oferta turística, como por exemplo, no caso da Madeira, a Rota do Açúcar, pois "não há ninguém que vá de visita a uma região só para ver adegas".
A AMVP congrega atualmente 80 municípios, entre os quais dois da Região Autónoma: São Vicente e Câmara de Lobos.
A reunião no Funchal, onde participaram representantes de autarquias, do Instituto do Vinho e do Artesanato da Madeira e da Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura, foi organizada em parceria com Associação das Rotas do Vinho de Portugal.
LUSA