O coeficiente de Gini e o rácio S80/S20, permitem fazer a avaliação da assimetria na distribuição de rendimentos na Região Autónoma da Madeira e no resto do país, refletindo as diferenças de rendimentos entre todos os grupos populacionais. O coeficiente de Gini sintetiza num único valor a assimetria da distribuição de rendimentos, assumindo valores entre 0 (quando todos os indivíduos têm igual rendimento) e 100 (quando a totalidade do rendimento está concentrada num único indivíduo).
No que respeita à RAM, em 2022, este indicador assumiu o valor de 32,7%, aumentando ligeiramente face ao ano precedente (+0,3 p.p.). A nível nacional, o coeficiente do Gini registou um agravamento maior, passando de 32,0% em 2021 para 33,7%, voltando-se assim à situação observada em 2019 e 2020, na qual a RAM se encontra abaixo do valor nacional, ou seja, com menor desigualdade de rendimentos.
No conjunto das 7 regiões NUTS II, apenas o Alentejo (30,0%) e o Norte (32,5%) apresentam um coeficiente de Gini inferior ao da RAM. A Região Autónoma dos Açores é onde a assimetria é maior (36,0%). Face a 2021, apenas o Alentejo (-0,8 p.p.) registou uma quebra neste indicador. Nas regiões onde este indicador cresceu, a RAM teve uma subida menos pronunciada (+0,3 p.p.) e a A.M. Lisboa, o aumento mais expressivo (+3,5 p.p.).
O rácio S80/S20, definido como o rácio entre a proporção do rendimento total recebido pelos 20% da população com maiores rendimentos e a parte do rendimento auferido pelos 20% de menores rendimentos, atingiu em 2022 o valor de 5,2 (5,3 em 2021). No País, este indicador cresceu de 5,1 em 2021 para 5,6 em 2022. Por regiões, o Alentejo apresenta o menor rácio (4,5) e a A.M. Lisboa, o maior (6,2). Depois do Alentejo, os valores mais baixos do rácio S/80/S20 são registados por três regiões ex-áqueo (Norte, Centro e RAM com 5,2). Face a 2021, apenas duas regiões melhoraram neste indicador, o Alentejo (-0,3) e a RAM (-0,1). O maior agravamento foi na região da A.M. Lisboa (+1,1).