Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Impresa adianta que as receitas totais do grupo atingiram 88,2 milhões de euros, "refletindo uma redução de 4,2% comparativamente ao valor registado no período homólogo".
Já as receitas com publicidade, "representativas da maior parcela de proveitos" do grupo, "cresceram 1,3%".
Os custos operacionais "aumentaram 3,6%, em consequência, principalmente, do aumento de custos com produção e energia, da cobertura da guerra na Ucrânia e da resposta ao ataque informático sofrido em janeiro de 2022", justifica a Impresa.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) "superou 4,2 milhões de euros, o que traduz uma redução de 62% face ao primeiro semestre de 2021", num semestre "marcado pelo ataque informático ao grupo, pela guerra na Ucrânia e pelo impacto das pressões inflacionistas", lê-se no comunicado.
A dívida remunerada líquida do grupo diminuiu 14,2 milhões de euros (9,2%), em termos homólogos, para 140,2 milhões de euros
As receitas do segmento televisão recuaram 3,7% para 77 milhões de euros, as de ‘publishing’ caíram 5,5% (10,6 milhões de euros) e as da Infoportugal diminuíram 27,8% (648 mil euros), enquanto as de Intersegmentos e outras subiram 34,4%.
A diminuição das receitas no segmento de ‘publishing’ "foi motivado, sobretudo, pelo ataque informático de que o grupo Impresa foi alvo no início do ano".
O EBITDA do segmento ‘publishing’ registou uma quebra de 71,3% para 443 mil euros.
No que respeita aos custos, "verifica-se um acréscimo de 5%, justificado, sobretudo, pelo aumento do preço do papel utilizado na impressão do Jornal Expresso, pelo ataque informático e pela cobertura jornalística da guerra na Ucrânia", adianta o grupo liderado por Francisco Pedro Balsemão.