Alguns voos foram cancelados na manhã deste sábado, nomeadamente para Bastia (França), Birmingham (Reino Unido) e Basileia (Suíça) a partir de Lisboa, bem como Madrid a partir do Porto, segundo informação da Aeroportos de Portugal (ANA) que aconselha os passageiros da Easyjet a fazerem suas pesquisas antes de irem para o aeroporto.
O Ministério das Infraestruturas português, que tutela os transportes, tinha estabelecido um serviço mínimo de 54 voos.
Por seu lado, a Easyjet indica que está a fazer todos os possíveis para "minimizar o impacto" deste movimento social, explicando que tentou antecipar a greve, cancelando voos antecipadamente e dando "a possibilidade aos seus clientes quer de mudarem de voo gratuitamente ou para obter um reembolso".
Segundo o Sindicato Nacional do Pessoal da Aviação Civil (SNPVAC), que convocou essa mobilização, a empresa havia cancelado 78 voos nos três dias de greve, o que corresponde a aproximadamente 30% dos voos programados, à época do anúncio da greve o aviso pré-greve em 17 de março.
Os grevistas exigem aumentos salariais, "congelados desde 2019" e melhorias nas condições de trabalho, disse à AFP um porta-voz do sindicato.
Na rede Easyjet na Europa, “somos os menos bem pagos” mas também os que “trabalham mais horas com menos períodos de descanso”, acrescentou, acrescentando que a decisão de greve foi tomada após o insucesso de cinco meses de negociações com a empresa.
A Easyjet, que adquiriu 18 slots de descolagem e aterragem à empresa pública TAP sujeita a um plano de reestruturação, tem vindo a desenvolver-se fortemente em Portugal.
A Esayjet oferece cerca de 90 ligações aéreas a partir de aeroportos portugueses, aumentou a sua capacidade em 36%. Oferecerá 11,2 milhões de lugares este ano.
A empresa, que planeia um ano recorde, deverá empregar mais de 830 colaboradores este verão, face aos 350 de 2019, antes da crise sanitária, disse no início do ano José Lopes, diretor da Easyjet para Portugal.