"Nada de estranhar, porque a única região do país que está com um superavit orçamental há cinco anos é a Madeira", declarou, à margem da Festa do Limão, que decorre hoje na freguesia da Ilha, concelho nortenho de Santana, em declarações proferidas ao grupo RTP-Madeira.
A agência de notação financeira DBRS confirmou na sexta-feira, dia 12, o ‘rating’ da dívida da Região Autónoma da Madeira em BB (grau especulativo) e melhorou a perspetiva dos compromissos de longo prazo de estável para positiva, facto destacado pelo executivo insular como fruto da política económica.
Miguel Albuquerque salientou "a circunstância de a Madeira, neste momento, pelo segundo ano consecutivo, ter um excedente da balança comercial, ou seja, a Madeira exporta mais do que importa", bem como a "consolidação das finanças públicas".
Segundo o presidente do Governo Regional da Madeira, em 2018 o excedente foi de 12 milhões de euros.
A mudança, explicou a agência de ‘rating’, segue a alteração ocorrida no início deste mês relativa à dívida da República, algo que para o governo regional é uma dependência e "um problema", porque caso tal não acontecesse a região estava "melhor", segundo Miguel Albuquerque.
A DBRS adiantou que o ‘rating’ da Madeira pode melhorar se se verificarem algumas condições, isoladas ou em conjunto, como a melhoria do ‘rating’ da República, uma redução substancial da dívida do arquipélago, a melhoria dos indicadores económicos ou a diversificação da economia e, por fim, o reforço da relação entre os executivos do Funchal e de Lisboa.
"Esse reforço só é possível quando o governo da República deixar de trabalhar para o PS e começar a ser um governo institucional", declarou.
C/ LUSA