Na nota, em que divulgou dados operacionais previsionais para o período entre janeiro e março deste ano, a EDP disse que “em Portugal, o período de inverno 2021/2022 (outubro 2021 a março 2022) foi o mais seco desde 1931, o que resultou em fluxos de água anormalmente baixos no 1T22 [primeiro trimestre de 2022], 70% abaixo da média histórica em Portugal (e 50% abaixo da média histórica em Espanha)”.
Assim, “a geração hídrica diminuiu significativamente para 1,5TWh [terawatts hora] no 1T22, -64% face ao período homólogo e 2,6TWh abaixo da média”, sendo que “este volume de geração hídrica extremamente baixo implicou uma posição curta de geração no mercado grossista de eletricidade, uma vez que cerca de 100% dos volumes de geração esperados estavam cobertos por preços fixos com os clientes”.
De acordo com a EDP, “esta combinação não correlacionada resultou num impacto negativo relevante no 1T22, que deverá ser mitigado nos próximos trimestres por uma produção térmica acima do esperado”.
A elétrica adiantou que “desde o início do ano, foram adicionados ao portfólio +0,5 GW [gigawatts] de capacidade eólica e solar, e no final de março 2022” havia “2,4 GW de capacidade em construção”.
Assim, “as energias renováveis representaram 75% da eletricidade gerada pela EDP no 1T22. A geração eólica e solar aumentou +1,1TWh como resultado do recurso renovável 2% acima da média de longo prazo", e "como resultado da maior capacidade instalada”, referiu.
De acordo com a EDP, “o preço médio grossista da eletricidade no 1T22 atingiu €229/MWh [megawatts hora], o maior já registado num trimestre”.
De acordo com a EDP, a “eletricidade distribuída em Portugal aumentou +3% no 1T22, justificada principalmente pela recuperação do setor da indústria e serviços” e em Espanha, “a eletricidade distribuída diminuiu 3% face ao período homólogo”.