No início do ano, dada a conjuntura pós-pandemia da covid-19 e início da guerra na Ucrânia, Rita Marques afirmava que o Governo tinha como objetivo chegar ao final de 2022 com uma receita turística “idêntica ou ligeiramente superior a 2019”, mas os indicadores mostram que a retoma se tem dado a um ritmo muito superior ao que era esperado.
Hoje, a governante afirmou: "Provavelmente, no final deste ano, celebraremos o já quase certo novo recorde de receitas turísticas".
Em 2019, um ano recorde para a atividade turística nacional, Portugal alcançou receitas turísticas de mais de 18.000 milhões de euros.
Em setembro de 2022, segundo as contas do Presstur a partir dos dados do Banco de Portugal, as receitas turísticas atingiram 2.378,69 milhões de euros, um montante que ultrapassa em 351,7 milhões de euros o mês homólogo de 2019, pré-pandemia, e supera em 72,2% ou 997,5 milhões o setembro de 2021.
Em termos acumulados, de janeiro a setembro de 2022, as receitas turísticas ascendem a 16.747,80 milhões de euros, um aumento de 14% ou 2.058 milhões de euros face aos primeiros nove meses de 2019. Comparando com o período homólogo de 2021, a subida é de 139,2% ou 9.746,58 milhões de euros.
Ainda assim, a secretária de Estado do Turismo voltou a apontar os balanços das empresas deteriorados e a deterioração da autonomia financeira, do endividamento, recordando a necessidade de continuar "a trabalhar com as empresas", bem como as linhas de apoio já disponíveis.
"Ontem [quinta-feira] falávamos muito do futuro e das incertezas (…), ma eu não desassossego com a mudança. A mudança é uma oportunidade para fazermos melhor", disse.
A secretária de Estado do Turismo, do Comércio e Serviços, Rita Marques, falava na cerimónia de encerramento do 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Fátima.