“No período janeiro a maio de 2024, aumentou a despesa com juros e outros encargos da dívida, quer em termos brutos, quer em termos líquidos”, indica a unidade liderada por Rui Baleiras no relatório sobre a dívida pública.
Os juros líquidos atingiram o montante de 3.131 milhões de euros (ME), mais 11,0% do que no período homólogo anterior.
Por outro lado, “as comissões pagas em 2024 foram inferiores às suportadas em 2023 (81 ME no período janeiro – maio de 2023 contra 29 ME entre janeiro – maio de 2024)”, salienta a UTAO.
Neste relatório da UTAO, sublinha-se também que “as mais recentes emissões de Obrigações do Tesouro foram efetuadas em maio de 2024 e registaram uma ligeira subida da taxa de juro nas maturidades a 10 e 14 anos”.
Já as emissões de Bilhetes do Tesouro efetuadas em junho de 2024 “foram asseguradas a taxas de juro ligeiramente inferiores às registadas para títulos com as mesmas maturidades no leilão imediatamente anterior”.
Quanto ao stock de dívida pública portuguesa detido pelas famílias, este registou uma diminuição de 736 milhões nos primeiros cinco meses de 2024, face ao mês homólogo, nomeadamente devido à menor procura por Certificados de Aforro.
A UTAO destaca ainda que a tendência dos primeiros cinco meses do ano foi de agravamento da dívida, na comparação com o final de 2023, sendo que “em termos nominais, passou de 263,1 mil milhões de euros em 31 de dezembro para 277,1 mil milhões de euros em 31 de maio de 2024”.
“A 31 de março, valia 100,4% do PIB, contra 99,1% três meses antes”, conclui.
Lusa