A data limite para os clientes lesados pelo BES/Novo Banco apresentarem reclamações de créditos foi alargada, disse à Lusa o presidente da Associação de Indignados e Enganados do Papel Comercial (AIEPC) do BES.
De acordo com Ricardo Ângelo, o prazo terminava hoje, no entanto, a data-limite foi alargada uma vez que há credores que o tribunal ainda vai contactar.
Contudo, ressalvou que, até agora, não sabe por quanto tempo será estendido o prazo.
“A data será alargada, segundo me disseram os gestores de insolvência do BES, mas ainda não está definida. Trata-se de uma decisão jurídica porque não tinham sido contactados todos os credores”, disse à Lusa.
No dia 28 de novembro, O grupo de trabalho do papel comercial alertou os clientes lesados para a necessidade de reclamar créditos nos processos de liquidação do BES, de forma a garantirem que recebem as indemnizações que os visa compensar parcialmente pelas perdas sofridas.
Já em outubro, o grupo AIEPC, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Banco de Portugal, ‘banco mau’ BES e Governo – tinha emitido um comunicado a recordar aos clientes que queiram aderir ao mecanismo de compensação que devem acautelar "diligentemente" todos os seus direitos sobre as empresas Banco Espírito Santo, Rio Forte e Espírito Santo International (ESI), nos respetivos processos de liquidação.
O secretário de Estado adjunto e das Finanças disse sábado à Lusa que foi assinado um contrato de empréstimo no valor total de 145 milhões de euros, para reembolsar os lesados do papel comercial do BES.
“O Ministério das Finanças assinou com a sociedade gestora do fundo de recuperação dos lesados do BES, a PATRIS, um contrato de empréstimo que permite ao fundo ter todos os meios financeiros para que seja feito o pagamento da primeira tranche aos lesados, no valor de 130 milhões de euros, e um montante adicional de cerca de 15 milhões de euros para fazer face a tudo o que são despesas que o fundo terá na recuperação dos créditos”, disse Ricardo Mourinho Félix.
Segundo o secretário de Estado, a solução propõe que os lesados recuperem 75% do valor investido, num máximo de 250 mil euros, isto se tiverem aplicações até 500 mil euros. Já acima desse valor, irão recuperar 50% do montante investido. O pagamento deverá ocorrer entre o primeiro trimestre de 2018 e o início do segundo.
LUSA