Cristiano Ronaldo ficou ontem em ‘branco’ na estreia pela Juventus, heptacampeã italiana de futebol, que teve de esperar até aos 90+3 minutos para confirmar a vitória por 3-2 no estádio do Chievo.
O primeiro jogo de Ronaldo, contratado pela Juventus ao Real Madrid por 100 milhões de euros, poderia ter sido amargo para o internacional português, que cometeu uma falta da qual resultou a anulação de um golo à sua nova equipa, cinco minutos antes de Federico Bernardeschi fixar o resultado, aos 90+3 minutos.
O defesa português João Cancelo também teve uma estreia agridoce pela ‘Vecchia Signora’, uma vez que cometeu a grande penalidade que deu origem ao segundo golo do Chievo, no encontro de abertura do campeonato italiano, antecedido de um minuto de silêncio em memória das vítimas da queda de uma ponte em Génova.
Ronaldo foi mais feliz do que o ídolo argentino Diego Maradona, o qual, em 1984, também se se estreou no futebol italiano no estádio Marc’Antonio Bentegodi, mas frente ao Verona, tendo perdido por 3-1 com a camisola do Nápoles, que viria a celebrizar.
A equipa de Turim não ‘esperou’ por Ronaldo para marcar o golo de abertura da Série A da época 2018/2019, que demorou apenas três minutos, o tempo que o alemão Sami Khedira precisou para inaugurar o marcador, aproveitando um ressalto na área anfitriã.
Ronaldo deu o primeiro sinal de perigo aos 18 minutos, com um remate rasteiro que saiu ligeiramente ao lado do poste, e voltou a ameaçar à passagem da meia hora, através de um ‘disparo’ de ângulo difícil, ligeiramente sobre a barra.
A equipa de Turim parecia ter o encontro perfeitamente controlado e foi com alguma surpresa que assistiu – literalmente – ao empate, aos 38 minutos, quando o avançado polaco Mariusz Stepinski beneficiou de grande liberdade na área visitante para concluir com um desvio certeiro de cabeça.
A Juventus deparava-se cada vez com mais dificuldades para entrar na área adversária e Cristiano Ronaldo viu-se obrigado a experimentar terrenos mais recuados, mas o remate de longe do avançado português foi defendido com pernas pelo guarda-redes Stefano Sorrentino.
O Chievo consumou a reviravolta aos 56 minutos, através de uma grande penalidade concretizada por Emanuele Giaccherini, a castigar falta de João Cancelo sobre o avançado da equipa da casa, mas a Juventus não perdeu a compostura e foi Ronaldo que deu nota do inconformismo da heptacampeã.
Stefano Sorrentino voltou a ganhar o duelo individual com o avançado português aos 62 e 66 minutos, o último com uma defesa no limite da elasticidade, mas, aos 69, só o desvio do colega Fabrizio Cacciatore salvou o guarda-redes de sofrer o golo do empate.
A Juventus conquistou a merecida igualdade aos 75 minutos, graças a um autogolo de Mattia Bani, na sequência de um canto, já depois de Ronaldo ter vestido a ‘pele’ de assistente, ao oferecer um golo ao recém-entrado Mario Mandzukic, que errou o alvo.
A equipa visitante parecia ter consumado a reviravolta aos 87 minutos, quando Mandzukic introduziu a bola na baliza do Chievo, mas o lance foi invalidado por falta de Ronaldo, e teve de esperar até aos 90+3 para poder festejar o terceiro golo, marcado por Bernardeschi.
LUSA