No final do encontro da 24.ª jornada da I Liga de futebol vencida pelas ‘águias’, por 3-0, duas crianças saltaram o muro que separava as bancadas do relvado e dirigiram-se aos jogadores benfiquistas, chegando uma deles a abordar David Neres e a pedir-lhe a camisola de joelhos no chão, fazendo-lhe uma espécie de vénia, tendo o avançado brasileiro acedido ao seu pedido.
A mesma fonte da PSP adiantou tratar-se de uma situação “tipificada como crime de invasão”, e sendo os dois rapazes menores de idade – têm 11 e 12 anos -, o pai de um deles foi identificado ainda no recinto desportivo e a pessoa responsável pela outra criança, no caso a mãe, foi também posteriormente identificada.
No domingo, o Estádio do Marítimo recebeu uma verdadeira ‘enchente encarnada’, onde as cores verde e vermelho estiveram visivelmente em minoria, naquela que foi a melhor casa da temporada, com 99,83% de ocupação (10.547 espetadores).
Num comunicado publicado na segunda-feira, o Marítimo “lamentou a ocupação indevida de zonas de emergência e lugares destinados aos seus sócios por adeptos afetos ao Benfica”, que levou a que vários maritimistas abandonassem o estádio.
“O Club Sport Marítimo vem por este meio repudiar os atos lamentáveis ocorridos no jogo de ontem [domingo], frente ao Benfica, nas bancadas do nosso Estádio. […] Muitos dos adeptos do adversário não respeitaram os lugares indicados nos respetivos ingressos, ocupando, desta forma, zonas de emergência e lugares destinados aos sócios do Marítimo”, pode ler-se no comunicado publicado pelos insulares no seu sítio oficial.
Os ‘leões’ do Almirante Reis anunciaram ainda na mesma nota que a “política de ingressos para determinados jogos será revista”.
Lusa