A defesa central do Benfica foi a autora do único tento do desafio da segunda jornada do Grupo A3, aos 51 minutos, da marca do castigo máximo, um desfecho que possibilitou a Portugal liderar a ‘poule’, com quatro pontos, em igualdade com a Inglaterra e com mais um do que a Espanha.
Privadas de Kika Nazareth, que na estreia contra a campeã europeia Inglaterra saiu do banco na segunda metade para igualar a partida (1-1), aos 76 minutos, e de Ana Capeta, ambas devido a lesão, as ‘navegadoras’ apresentaram dificuldades para conseguir ter bola, com as anfitriãs a tomarem conta do jogo nos instantes iniciais e durante grande parte do primeiro tempo.
Mas, foi a equipa a equipa comandada por Francisco Neto a causar o primeiro sobressalto e só o ‘ferro’ impediu que a bola rematada por Joana Marchão abrisse o ativo a favor das lusas.
Uma bola em profundidade saída dos pés de Diana Gomes permitiu a Jéssica Silva desmarcar-se e ficar em boa posição para o frente a frente com a guardiã Lichtfus, que fechou bem o ângulo à avançada lusa, antes de esta entregar a Marchão para o desfecho no poste.
A resposta surgiu logo depois, através de um pontapé de canto para o segundo poste, onde apareceu a possante central Sari Kees a cabecear o esférico por cima no travessão.
Depois, Francisco Neto foi obrigado a mexer na equipa, por culpa do choque de Catarina Amado com Missipo, e Lúcia Alves rendeu a compatriota na ala direita, por onde surgiu um novo lance de perigo das belgas, agora pela capitã Tessa Wullaert, que foi incapaz de dar a melhor conclusão à transição rápida.
As ‘navegadoras’, determinadas a apostar num jogo mais direto, iam conseguindo aguentar o ‘nulo’, mas as dificuldades de parar o ímpeto ofensivo da Bélgica eram cada vez mais notórias e uma nova oportunidade deixou Patrícia Morais à beira de consentir o golo pelos pés de Jill Janssens.
O segundo tempo não poderia ter começado melhor para Portugal, já que beneficiou de uma grande penalidade discutível, convertida pela central Carole Costa, para se adiantar no marcador, aos 51 minutos.
Jéssica Silva tentou o cruzamento muito próximo de Amber Tysiak, que tinha o braço junto ao corpo, porém, a árbitra Eleni Antoniou entendeu que a bola foi travada de forma ilegal e apontou de imediato para a marca do castigo máximo.
Confortável com o resultado e com a Bélgica mais exposta, Jéssica Silva podia ter deixado o jogo, praticamente, resolvido, à passagem do minuto 60, mas foi tão displicente na ‘cara’ da guarda-redes belga, que encaixou bem uma bola frouxa rematada pela jogadora das norte-americanas do Gotham.
O jogo acabou por ficar mais partido, o que proporcionou aproximações às duas balizas, contudo, foi uma ‘oferta’ da defensiva local que deixou Andreia Jacinto com tudo para fazer o 2-0, não fosse a defesa atenta de Lichtfus.
A terceira jornada, agendada para 04 de abril, acontece em Paços de Ferreira, contra a poderosa campeã do Mundo Espanha e detentora do troféu da Liga das Nações, conquistado em fevereiro de 2024.
Na quarta ronda, as lusas deslocam-se a Vigo, em 08 de abril, para defrontar, novamente, a Espanha.
Lusa