O registo da formação das ‘quinas’ é, no entanto, muito mais impactante, já que apresenta um perfeito ‘oito em oito’, enquanto os galeses só estiveram em duas fases finais.
Pela segunda edição consecutiva, Portugal só se ‘salvou’, porém, porque, além dos dois primeiros de cada grupo, também seguem em frente os quatro melhores terceiros, algo que, em 2016, não impediu a formação das ‘quinas’ de vencer a prova.
A seleção lusa começou com um 3-0 à Hungria, num jogo em que só inaugurou o marcador aos 84 minutos, mas, depois, perdeu por 4-2 com a Alemanha, salvando-se hoje com um 2-2 face à França, graças a dois penáltis de Ronaldo.
Com o empate, Portugal já sabia que estava qualificado, sendo que, com o 2-2 entre Alemanha e Hungria, passou no terceiro lugar do Grupo F, mantendo uma invencibilidade que só partilha com a seleção de Gareth Bale.
Os galeses venceram o Grupo C em 2016, à frente de Inglaterra, Eslováquia e Rússia e, na presente edição, foram segundos do Grupo A, atrás da Itália, mas à frente da Suíça, que também se qualificou, e da Turquia.
A Islândia e a Irlanda do Norte também nunca foram eliminadas na fase de grupos, mas só contabilizam uma presença, ambas em 2016.
Quanto aos ‘pesos pesados’ da Europa, a Alemanha seguiu em frente em oito de 11 presenças, ‘tombando’ em 1984, 2000 e 2004, nas duas primeiras ocasiões em grupos com Portugal, e a Espanha em sete de 10, sendo eliminada em 1980, 1988 e 2004, nesta última vez por culpa do português Nuno Gomes.
Em nove presenças, a França passou em sete, falhando os ‘quartos’ em 1992 e 2008, tal como os Países Baixos, que ‘caíram’ em 1980 e 2012, a Itália em seis, não o conseguindo em 1980, 1996 e 2004, e a Inglaterra em cinco, sendo eliminada em 1980, 1988, 1992 e 2000.
Portugal manteve o pleno, mas, como em 2016, passou como terceiro, desta vez com quatro pontos, depois dos três de há cinco anos, referentes a três empates.
A formação das ‘quinas’ somou igualdades, a um com a Islândia, a zero com a Áustria, num embate em que Cristiano Ronaldo desperdiçou uma grande penalidade, e 3-3 com a Hungria, depois de estar a perder por 1-0, 2-1 e 3-2.
Nas anteriores seis presenças (1984, 1996, 2000, 2004, 2008 e 2012), Portugal também havia conseguido o apuramento, mas em edições em que só seguiam em frente os dois primeiros classificados de cada grupo.
Em 1984, ano em que o apuramento era direto para as meias-finais, Portugal passou com um triunfo (Roménia) e dois empates (RFA e Espanha), em 1996, somou duas vitórias (Turquia e Croácia) e um empate (Dinamarca) e, em 2000, fez o pleno de nove pontos, face a Inglaterra, Roménia e Alemanha.
Em casa, em 2004, a equipa lusa entrou a perder (Grécia), mas venceu os últimos dois (Rússia e Espanha) e, em 2008, a história foi ao contrário, com dois triunfos a abrir (Turquia e República Checa) e um desaire a fechar (Suíça).
Em 2012, na Polónia e na Ucrânia, Portugal repetiu o que havia feito em 2004, com um desaire no primeiro jogo (Alemanha) e vitórias nos seguintes (Dinamarca e Holanda).