O australiano Oscar Piastri (McLaren) liderou hoje o Grande Prémio dos Países Baixos de Fórmula 1 do princípio ao fim e venceu a 15.ª corrida da temporada, ainda marcada pelo inédito pódio do francês Isack Hadjar (Racing Bulls).
No circuito de Zandvoort, localizado entre as dunas de uma praia, Piastri largou da ‘pole position’ na grelha de partida e manteve a liderança até à exibição da bandeira de xadrez, apesar de os concorrentes se terem aproximado por três vezes, fruto de tantas outras entradas do ‘safety car’ em pista, numa corrida de 72 voltas ‘acidentadas’.
A última aparição do carro de segurança deu-se na 65.ª volta, após o monolugar de Lando Norris (McLaren) começar a emitir fumo, num alegado problema de motor que obrigou o britânico a abandonar a prova, quando seguia no segundo lugar, com influência no reforço da liderança de Piastri no Mundial e na subida de Hadjar à terceira posição.
Com o ganho de 25 pontos face ao colega de equipa nos Países Baixos, o australiano, de 24 anos, comanda agora o Mundial com 309 pontos, mais 34 do que Norris, segundo classificado, e mais 104 do que o terceiro, o neerlandês Max Verstappen, que concluiu o Grande Prémio do país natal na segunda posição.
Vice-campeão de Fórmula 2 em 2024, Hadjar alcançou o quarto melhor tempo na qualificação de sábado e manteve essa posição desde o arranque até à desistência de Norris, decisiva para se estrear em pódios na Fórmula 1, numa época em que ocupa o 10.º lugar da classificação de pilotos, com os mesmos 37 pontos do alemão Nico Hulkenberg (Sauber).
A constante ameaça de chuva pautou uma corrida com início ‘frenético’, fruto da ultrapassagem do tetracampeão mundial Verstappen a Norris na primeira volta, rumo ao segundo lugar, e da tentativa de ‘destronar’ Piastri da liderança, sem sucesso.
O monolugar do neerlandês, assente em pneus macios, começou a perder tempo para os dois McLaren, equipados com pneus intermédios, o que permitiu ao britânico devolver a ultrapassagem à nona volta e reassumir a vice-liderança.
Líder destacada do campeonato de construtores, com 584 pontos, bem acima dos 260 da Ferrari e dos 248 da Mercedes, a McLaren distanciou-se da concorrência até à 23.ª volta, quando o britânico Lewis Hamilton (Ferrari), sete vezes campeão mundial, saiu de pista e abandonou, o que motivou a entrada inaugural do ‘safety car’.
Esse carro reapareceu no asfalto à 53.ª volta, quando o italiano Kimi Antonelli tocou no monegasco Charles Leclerc (Ferrari) na mesma curva em que Hamilton desistiu, quando lutavam pelo quinto posto, o que deixou a escuderia italiana de fora da corrida.
Após a sétima vitória da temporada e a nona da carreira, Oscar Piastri enalteceu a melhoria do carro ao longo do fim de semana, num “grande esforço da equipa”, o ritmo que impôs e a forma como controlou a corrida, embora tenha reconhecido a infelicidade de Lando Norris, o que interrompeu o ciclo de quatro ‘dobradinhas’ consecutivas para a McLaren.
Já Isack Hadjar mostrou-se “surpreendido por manter o quarto lugar durante toda a corrida” e assumiu ser “um pouco surreal” alcançar o pódio e concretizar “um sonho de criança”, enquanto Verstappen assumiu que o segundo lugar foi “um bom resultado”, face a incapacidade em acompanhar o ritmo dos McLaren.
Os 20 pilotos do Mundial de Fórmula 1 vão disputar mais nove corridas até ao final da temporada, a começar pelo Grande Prémio de Itália, no circuito de Monza, entre 05 e 07 de setembro.
