O candidato à subida Nacional elevou hoje para 10 a série de jogos sem perder, ao vencer o ‘aflito’ Belenenses por 3-1, no Restelo, em Lisboa, em jogo da 31.ª jornada da II Liga portuguesa de futebol.
Chuchu Ramirez, aos 10 minutos, Gustavo Silva, aos 19, e Rúben Macedo, aos 37, colocaram os insulares com três golos de vantagem ao intervalo, enquanto Sambú, aos 90+6, apontou o golo de honra dos lisboetas.
Com este resultado, o Nacional, segundo classificado, soma agora 62 pontos, menos dois do que o Santa Clara (2-2 com o FC Porto) e provisoriamente mais três do que o AVS, que se desloca na terça-feira a Paços de Ferreira.
Para o Belenenses, no fundo da tabela, nada muda. Permanece na penúltima posição com 26 pontos, menos um que o Feirense, em lugar de ‘play-off’ de manutenção, e mais dois que o ‘lanterna vermelha’ Länk Vilaverdense.
No jogo de hoje, a equipa do Restelo até entrou melhor e, aos seis minutos, Rúben Pina introduziu a bola na baliza de Lucas França, mas o lance foi invalidado por posição irregular de Moha Keita no início da jogada.
A partir daqui, foi ver o Nacional explicar como se joga futebol. A posse de bola era do Belenenses, mas quem marcava eram os ‘alvi-negros’, que aproveitaram o total desacerto defensivo e a inoperância do meio-campo dos lisboetas.
Primeiro, aos 10 minutos, num lance de contra-ataque iniciado por Luís Esteves, Chuchu Ramirez desmarcou-se nas costas da defesa do Belenenses e, descaído para a esquerda, picou a bola por cima do guarda-redes David Grilo e inaugurou o marcador.
Ao ver o atacante venezuelano somar o 12.º golo na conta pessoal na II Liga, Gustavo Silva não se fez rogado e, aos 19 minutos, ampliou a contagem, igualando o registo de Chuchu Ramirez.
O Belenenses só conseguia atacar pelos flancos, pois pelo corredor central era incapaz de o fazer e, provavelmente, fruto da posição que ocupa na tabela – e do dois golos já sofridos -, era notória a falta de confiança no ‘último remate’.
Mas o grande ‘pecado’ da equipa lisboeta estava na defesa. Foi lenta a movimentar-se, concedeu demasiados espaços e falhou por completo nas marcações.
Por isso, não foi de espantar que ainda antes do intervalo o Nacional tenha chegado ao 3-0, por intermédio de Rúben Macedo, que teve tempo de fazer tudo: dominar de peito e rematar. Um grande golo.
Esta permissividade manteve-se e o resultado não tomou proporções drásticas na segunda parte porque o guarda-redes David Grilo salvou a ‘honra do convento’, ao defender os remates de Luís Esteves, aos 48 minutos, Gustavo Silva, aos 53, e Chuchu Ramirez, aos 71.
Ao cair do pano, aos 90+6 minutos, Sambú fez o tento de honra do Belenenses, e selou o resultado o encontro.