João Henriques deixou o comando técnico do Marítimo no dia 14 de dezembro de 2022, protagonizando a segunda chicotada nos insulares na edição 2022/23 da I Liga de futebol.
Chamado para assumir o Marítimo à quinta jornada, João Henriques acabou por cair prematuramente, um dia depois da goleada em casa do Sporting (5-0), em jogo da Taça da Liga. Em dez jogos no comando dos verde-rubros, João Henriques somou apenas uma vitória e foi eliminado da Taça de Portugal e da Taça da Liga, deixando o clube na 17.ª e penúltima posição da I Liga.
Em conversa no programa Futebol Total, do Canal 11 (FPF), João Henriques revelou que encontrou um Marítimo em «turbulência» em que a responsabilidade é de «muita gente» e até revelou que algumas das pessoas no clube «estavam a tentar fazer as coisas como se fazia há vinte anos atrás».
O técnico português começou por dizer que «a responsabilidade é de muita gente” pela situação atual do clube e «não é só do Vasco Seabra» a responsabilidade dos poucos pontos conquistados quando assumiu o cargo.
«Entrei num contexto difícil porque havia muita turbulência no SAD e clube», numa alusão ao momento tenso que se viveu com a ruptura entre Luis Olim e João Luís com Rui Fontes, admitindo ainda que «até chegar o Tiago Lenho sentíamo-nos sozinhos».
Questionado sobre o profissionalismo ou a falta dele no clube insular, o técnico João Henriques disse que «havia muitas pessoas que não estavam no futebol há muitos anos e estavam a tentar fazer as coisas como se fazia há vinte anos atrás.»
Sobre os aspectos positivos do trabalho no Marítimo, João Henriques disse que «o Marítimo tem jogadores que no futuro vão dar muito mais do que estão a dar agora», destacando o médio Rafael Brito, jogador que não pertence ao Marítimo (emprestado pelo SL Benfica).
João Henriques pede agora «tempo para José Gomes poder trabalhar».