"Para nós o futebol é uma coisa diferente daquilo que aconteceu nos últimos dias, obviamente que lamentamos profundamente, acho que é um choque para todos, para o país, acreditamos, no entanto, que, a partir destes tristíssimos e lamentáveis acidentes, possa sair algo de positivo e que as pessoas, uma vez por todas, entendam que há certos comportamentos que são inaceitáveis", comentou.
Miguel Almeida, CEO da NOS, entidade que patrocina a Liga NOS de 2017/2018, fez estas observações à margem de uma cerimónia no Funchal sobre o papel da empresa na Madeira onde, nos últimos quatro anos, investiu 30 milhões de euros na rede fixa e móvel.
Miguel Almeida adiantou ainda que a NOS "honra os seus compromissos" nomeadamente de sponsorização e de ‘naming’ da Primeira Liga portuguesa de futebol, que "vai cumprir".
"Acreditamos que isto é uma crise, estruturalmente continuamos a acreditar no futebol, continuamos a acreditar que os dirigentes desportivos vão dar a volta a esta situação, que os adeptos vão forçar que as coisas se corrigem e, portanto, a nossa aposta é de longo prazo e vamos continuar a honrar os nossos compromissos", concluiu.
Na terça-feira, cerca de 50 pessoas, de cara tapada, alegadamente adeptos ‘leoninos’, invadiram a Academia de Alcochete e, depois de terem percorrido os relvados, chegaram ao balneário da equipa principal, agredindo vários jogadores, entre os quais Bas Dost, Acuña, Rui Patrício, William Carvalho, Battaglia e Misic, o treinador Jorge Jesus e outros membros da equipa técnica.
Na sequência da invasão, a GNR deteve 23 suspeitos, apreendeu cinco viaturas ligeiras, vários artigos relacionados com os crimes e recolheu depoimentos de 36 pessoas, entre jogadores, equipa técnica, funcionários e vigilantes ao serviço do clube.
LUSA