O piloto madeirense Bernardo Sousa esteve a competir na mítica prova francesa as 24 horas de Le Mans, englobado na equipa Proton Competition #77 com o Ford Mustang GT3 e com os outros dois pilotos Ben Tuck e Ben Barker
A equipa terminou no 42º lugar da geral, 9º da categoria LMGT3, mas com há dois carros nesta categoria não entram nas contas do campeonato, para efeitos de classificação a equipa de Bernardo Sousa foi sétima.
Sousa em declarações ao Eurosport, não escondeu a emoção de ter participado nas 24h de Le Mans, algo que diz ser um dos mais importantes na sua carreira. Declarações que tiveram eco no Autosport.
“A corrida, para mim, já terminou, e agora é tempo de desfrutar. As minhas horas obrigatórias já estavam cumpridas – até fiz um pouco mais, por circunstâncias da própria corrida. No geral, correu tudo bastante bem, apesar de termos sofrido dois drive-throughs: um que não foi diretamente culpa minha, mas em que eu estava ao volante quando saiu a penalização, e outro por um toque involuntário num piloto dobrado.
Foi a minha estreia nas 24 Horas de Le Mans, e o balanço é muito positivo. Tive um bom ritmo, com apenas um momento menos bom durante um stint noturno, quando já era muito tarde e escuro. A falta de experiência notou-se aí, mas no geral estivemos muito bem.
Fiquei definitivamente cliente deste ambiente. Tive o privilégio de fazer o turno ao pôr do sol, ver as cores a mudar na reta… é uma imagem que levo comigo para a vida. Esta prova é uma autêntica loucura dentro e fora da pista – um mundo à parte, multicultural, com vida própria dentro do circuito.
O momento mais marcante? Quando cheguei, pus os pés na boxe e percebi: “Estou nas 24 Horas de Le Mans.” Depois, fazer o stint ao pôr do sol, com lágrimas nos olhos, foi inesquecível. É uma emoção difícil de comparar, talvez até maior do que nos ralis.
Mesmo vindo dos ralis, com títulos nacionais e vitórias internacionais, Le Mans entra direto para o top 3 da minha carreira desportiva. A emoção aqui é brutal, algo completamente fora da caixa. A noite foi o maior desafio – as primeiras voltas foram duras, tudo novo. Mas quando apanhei o ritmo, fluiu naturalmente. À noite, a visibilidade, o cansaço, os reflexos das luzes dos hypers… tudo dificulta. Gerir o tráfego é exigente – tens de manter o teu ritmo sem prejudicar os outros nem a tua classificação”.
Terminaram a mítica prova 50 equipas outras 12 ficaram pelo caminho.
Ferrari venceu as 24 Horas de Le Mans, pelo 3~ano consecutivo. Depois de triunfar nos dois anos anteriores com os carros de fábrica, chegou a vez da AF Corse #83, de Robert Kubica, Yifei Ye e Philip Hanson.