“Havia um compromisso do Governo [da Madeira] relativamente às iluminações que iam ser abertas no dia 01 e aqui estão elas abertas”, disse o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.
O governante madeirense já tinha afirmado que, apesar dos atrasos no processo, “nem que tivessem que trabalhar dia e noite” as luzes iam iluminar a cidade a partir de hoje.
O chefe do executivo insular também visitou a zona do parque de diversões e do circo, que regressou à marginal da cidade depois de quase duas décadas, considerando que “estar no centro do Funchal é um bom local”.
Miguel Albuquerque visitou a placa central da Avenida Arriaga, que se torna numa “grande zona de animação” da cidade, salientando que “as coisas estão a correr muito bem” porque a Madeira vai ter uma “boa taxa de ocupação” no Natal e Fim do Ano.
O Natal e o Fim de Ano são dos principais cartazes turísticos da Madeira, contribuindo para uma ocupação hoteleira de 60 e 88% respetivamente, segundo os números avançados quinta-feira pela secretária regional do Turismo e Cultura madeirense, Paula Cabaço.
“Tudo se conjuga para termos um Natal feliz”, declarou o responsável madeirense, opinando que “não faz sentido abrir as luzes mais cedo, porque também se perde o espírito de Natal” e “não podemos desvirtuar a Festa do Natal”, contribuindo para que “deixe de ser um evento especial”.
Para Miguel Albuquerque, as “iluminações estão intrinsecamente ligadas à tradição do Natal da Madeira, à alma do seu povo”.
Apesar da chuva que tem caído hoje na ilha, milhares de pessoas, entre os quais turistas, convergiram esta noite para o centro do Funchal, passeando pela placa central da Avenida Arriaga e a marginal da cidade onde foi instalado pela primeira vez o circo e o parque de diversões, que é outra das atrações da quadra natalícia madeirense.
O projeto de iluminação do Funchal abrange este ano cerca de um milhão de lâmpadas, 400 esferas tridimensionais e 130.000 metros de micro lâmpadas, com destaque para os tetos de luz coloridos colocados nas ribeiras, ruas e o cais da cidade, além dos pinheiros, como o que ornamenta a Praça do Povo, na marginal do Funchal.
Os 600 anos do descobrimento da Madeira são o principal motivo deste programa, que se prolonga até 07 de janeiro e tem como ponto alto o espetáculo de fogo-de-artifício na passagem do ano que irá durar oito minutos e representa um investimento de 976 mil euros.
Nessa noite, o espetáculo, cuja edição de 2006 figura no Livro dos Recordes (Guiness Book) como o maior espetáculo do mundo, tem previstos 132 mil disparos a partir de 37 postos distribuídos pelo anfiteatro e baía do Funchal.
O programa de Natal e de fim de ano envolve 2.740 pessoas e inclui também animação musical protagonizada por 58 agrupamentos diferentes, desde bandas filarmónicas, grupos de folclore e música tradicional em diversos pontos da cidade.
O presépio, o mercado de Natal na placa central da Avenida Arriaga, onde não faltam as barracas com venda de flores, produtos tradicionais e comes e bebes típicos desta quadra, como licores, bolos do caco, e broas, são outras componentes desta iniciativa.
O investimento do Governo Regional neste programa é de 3,4 milhões de euros com IVA, que inclui também a iluminação do Carnaval de 2018.
C/ LUSA