As mais de duas dezenas de diplomas aprovados respondem a algumas das maiores exigências dos trabalhadores do setor: a aprovação do Estatuto do Trabalhador da Cultura, uma reivindicação com décadas; a revisão do modelo de apoio às artes; a criação de uma efetiva rede de teatros e cineteatros; e um plano sistemático de reabilitação do património. Quanto a este último ponto, o PRR prevê a requalificação de 49 museus, monumentos, palácios e teatros do país, como o Mosteiro dos Jerónimos e o Teatro D. Maria II, em Lisboa.
Recorde-se que a versão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) entregue esta quinta-feira em Bruxelas inclui 243 milhões de euros destinados ao setor da Cultura, com 150 milhões para a requalificação do património e 93 para "redes culturais e transição digital".
De referir que, esta quarta-feira, os profissionais da Cultura se manifestaram junto à Assembleia da República, em Lisboa, onde colocaram um caixão branco e uma coroa de flores para lembrar o abandono a que o setor foi deixado em tempos de pandemia.