Os manos, Bruno e André Santos, mostraram, logo no início do espetáculo, que a música tradicional madeirense pode muito bem ser uma fonte de inspiração para o jazz, e foi assim com o primeiro tema Moriana.
A mestria e a execução das guitarras elétricas foram sentidas em temas originais do duo, como Guimarães (de André Santos) Cabo Verde, Rosa e a Flor do Amor (de Bruno Santos).
Rita Redshoes estreou-se no Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Madeira com a canção Contigo é a Perder, que tem a participação de Camané, mas desta vez sem a voz do fadista. Do último álbum, lançado em setembro deste ano, a cantora apresentou Rosa Flor e recuperou temas como Fé na Vida e Rosa Flor, de coletâneas anteriores.
Os Mano a Mano usaram também o Braguinha, instrumento mundialmente conhecido como Ukulele devido aos emigrantes madeirenses que levaram o para o Havai, para fazer incursões no jazz mais profundo e trazer para a atualidade Stardust, de Hoagy Carmichael, um tema clássico e incontornável do panorama jazzístico mundial.
Noites da Madeira (de Max e Tony Amaral) e Mil Estrelas (de Hélder Martins) foram duas canções escolhidas pelos irmãos madeirenses, para lembrar a Madeira de outrora onde o jazz era uma presença assídua nas noites e hotéis madeirenses.
O espetáculo fechou com a voz melodiosa de Rita Redshoes e com o clássico Moon River de Henry Mancini, recebendo fortes aplausos do público, maravilhado com a qualidade do concerto.
O ‘Parlamento Musical’ foi um ciclo de concertos composto por 11 espetáculos que pretendeu, em tempo de pandemia, continuar a promover a cultura musical, nos vários géneros, numa parceria com a RTP Madeira, na sua divulgação.
Os dois últimos espetáculos vão ser transmitidos pela delegação regional Rádio e Televisão de Portugal em data a anunciar.