Para o festival que hoje tem o primeiro de quatro dias, o diretor artístico Rafael Biscoito destaca o apoio de 40 mil euros.
"É motivo de enorme satisfação, após 15 anos de trabalho árduo e intensivo e em que se colocou a Madeira no mapa mundial da música de vanguarda, obter agora o reconhecimento da DGArtes e, em especial na edição de 2018, receber em casa a lendária Ana da Silva para um concerto que se espera memorável", disse, referindo-se à artista portuguesa que fez parte das Raincoats e que atua no sábado com a japonesa Phew, na Estalagem da Ponta do Sol.
Para Ana da Silva, "é o regresso à ilha que a viu nascer para dar a conhecer, pela primeira vez, o seu trabalho na área da vanguarda eletrónica – a madeirense que nos anos 70 trocou a Madeira por Lisboa e depois por Londres, e que é a cofundadora da lendária banda pós-punk feminina, The Raincoats", diz a organização.
Este ano, o alinhamento do festival inclui os portugueses Rui P. Andrade & Aires, ambos madeirenses e membros cofundadores do agrupamento de colaboração artística Coletivo Casa Amarela, e os finlandeses Amnesia Scanner, formados por Ville Haimala e Martti Kalliala em 2014.
O segundo dia de festival conta com Resina, projeto da violoncelista e compositora Karolina Rec, para além de Ana da Silva e Phew.
Ao terceiro dia ocupam o palco o canadiano Eric Chenaux, um guitarrista, cantor e compositor considerado pela crítica internacional como um virtuoso da guitarra, e Maja Osojnik, eslovaca proveniente de Viena, numa movimentação musical que já passou pelo jazz, pela livre improvisação eletroacústica e pela arte sonora até sonoridades mais exploratórias e contemporâneas.
O último dia de concertos fecha com a violinista de Montreal Jessica Moss, que tem colaborado com um amplo espectro de ensembles nas últimas duas décadas, e com o duo dinamarquês Damien Dubrovnik, formado por Christian Stadsgaard e Loke Rahbek, fundadores da gravadora Posh Isolation, de Copenhaga.
Para assinalar os 15 anos de produção contínua do festival, a organização preparou uma exposição fotográfica retrospetiva que pretende mostrar ou relembrar alguns dos mais importantes momentos do MadeiraDiG, desde 2004, ano em que se iniciou o certame internacional por onde já passaram mais de uma centena de artistas de renome mundial da cena vanguardista eletrónica e digital.
O festival é realizado desde 2004 pela Agência de Promoção da Cultura Atlântica e, desde 2009, em parceria com a agência alemã Digital In Berlin e a unidade hoteleira Estalagem da Ponta do Sol, contando com o apoio do MUDAS – Museu de Arte Contemporânea da Madeira.
LUSA