O protocolo foi subscrito pelo diretor do Conservatório de Canárias, Miguel Ángel Pineda, e pelo presidente da direção do Conservatório da Madeira, Carlos Gonçalves, e resulta de uma vontade das instituições educativas de promover manifestações musicais de qualidade e impulsionar projetos artísticos conjuntos, implementando assim a formação dos alunos e docentes das duas regiões ultraperiféricas da União Europeia e da Macaronésia, facilitando a mobilidade entre arquipélagos, particularmente entre as duas instituições de formação artística.
Este foi considerado um momento histórico por ambos os responsáveis, com Miguel Ángel Pineda a afirmar que através das artes, estas duas regiões, ficam mais próximas.
"Hoje é um dia histórico, importantíssimo, do qual nos devemos sentir todos orgulhosos, porque estamos a fazer história neste momento", referiu.
Aquele responsável afirmou também que a "ideia da Macaronésia, de regiões ultraperiféricas não tem de ficar apenas numa série de projetos de ajuda, os quais, os cidadãos não se dão conta do benefício que realmente têm", considerando ser importante este acordo de celebração porque se materializa em "experiências pedagógicas e em intercâmbios de informação, permitindo, desta forma conhecer em tempo real a realidade de cada centro".
Já Carlos Gonçalves realçou o "dia histórico", acreditando que no futuro se poderá manter "uma atividade de cooperação institucional e pessoal".
O protocolo hoje assinado permite estabelecer um quadro de cooperação para a troca de experiências pedagógicas; a execução conjunta de todas as formas de arte musicais, intercâmbios de estudante e/ou professores; concertos, recitais, audições, gravações musicais, entre outros.
O responsável madeirense referiu também que "o conservatório de Canárias se compromete a orientar e a facilitar a realização das etapas necessárias para permitir a todos os alunos" da Madeira, "o acesso a cursos superiores nas áreas da interpretação, pedagogia, musicologia e composição".
Presente nesta cerimónia, o secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, ressalvou que desta forma, para além da troca de experiências, há uma afirmação da cultura atlântica.
LUSA