Em agosto e ao longo de vários dias, a Vila da Camacha é sinónimo de Arte, Cultura, Tradição, Desporto e divertimento, com a realização do ART’Camacha – Festival de Arte Camachense.
O festival que é fruto da interligação com a Diáspora e a visita de grupos internacionais, quebrou barreiras, tornando-se uma mais valia na divulgação da cultura, arte e tradições da Camacha.
Desde 1989, a Casa do Povo da Camacha tem dado espaço a todos os grupos e projetos musicais, artísticos, desportivos e recreativos, para se mostrarem ao grande público, num evento multifacetado que inclui palestras de nível académico, exposições e workshops.
“Tudo isto, naturalmente, comporta custos elevados, que não podem ser vistos como despesa, mas sim como um investimento, uma aposta segura de qualidade, na defesa da Tradição, na dinamização da Cultura e aposta na promoção da Vila da Camacha, ponto fulcral para a sustentabilidade do comércio local, intrinsecamente ligado ao Turismo” disse ontem a direção da Casa do Povo em comunicado.
Ao longo dos anos o financiamento foi obtido através de programas Europeus, como o FEDER, LEADER e o PRODERAM, que possibilitaram a realização do festival. No entanto, a XXVIII Edição, a realizar em 2016, não terá esse tipo de apoio, uma vez que, apesar da assinatura dos protocolos entre a Autoridade de Gestão do PRODERAM e a ACAPORAMA no passado dia 18, o “PRODERAM 2020” não está ainda em funcionamento nem operacionalizado, no que diz respeito às medidas que apoiam estes eventos, o que resulta na impossibilidade de acesso a estes fundos.
O Festival tem um orçamento global de 25.000€, que incluem os custos com palco, som e luz, montagem dos stands e estruturas de apoio, pagamento das forças de segurança pública e privada, alimentação, alojamento e deslocamento dos participantes.
Quanto a receitas próprias, que totalizam € 10.000,00, resultam da concessão da exploração dos stands do festival e de entidades privadas que patrocinam e apoiam financeiramente a organização.
A direção da Casa do Povo da Camacha diz que há também falta de apoio autárquico, e por este acumular de situações não é viável a realização da XXVIII Edição do ART Camacha, em 2016.