O homem executado foi identificado como sendo Mohamed Ilias, um paquistanês, e a sentença de morte foi executada na cidade ocidental de Medina, por assassinar um cidadão do Bangladesh "atingindo-o com um extintor na cabeça várias vezes, resultando na sua morte, e também por roubar o dinheiro da vítima e esconder o seu corpo", indicou a agência noticiosa oficial saudita SPA.
"As autoridades de segurança puderam, graças a Deus, prender o perpetrador (do crime) (…), e ao encaminhá-lo para o tribunal competente, foi emitido um registo contra ele provando a sua culpa naquilo de que foi acusado e uma sentença de morte como castigo", refere uma declaração do Ministério do Interior, citada pela SPA.
A agência noticiosa precisa que a sentença de morte foi executada após "ter sido ratificada por uma ordem real", como é habitual na Arábia Saudita, um país que aplica uma versão muito rigorosa da Sharia (lei islâmica) e executa por decapitação com uma espada.
Esta é a décima quinta execução em várias cidades sauditas neste mês de compatriotas e estrangeiros condenados à morte por homicídio, tráfico de droga, sodomia ou terrorismo.
A taxa de execuções na Arábia Saudita quase duplicou desde que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman chegou ao poder há sete anos e, durante este período, a pena de morte foi aplicada a mais de mil pessoas, como foi denunciado em janeiro último pela Organização Não-Governamental (ONG) Reprieve e pela Organização Europeia-Saudita para os Direitos Humanos (ESOHR).
Em 2022, o número total de execuções foi de 147, o que torna a Arábia Saudita um dos piores executores da pena de morte do mundo, juntamente com outros países como a China, o Irão e o Egito.
Lusa