«O Club Sport Marítimo prima pela lealdade. É um princípio consagrado num dos hinos que, há décadas, entoamos com convicção. E também dizemos, em uníssono, que “a nós ninguém nos vence”. Uma interpretação ligeira tende a reduzir este lema ao que se passa durante um jogo de futebol ou de outra modalidade. Não. O Maritimista – o verdadeiro Maritimista – é herdeiro de um Povo que sabe lutar, um Povo que lida há séculos com as constantes tentativas de subjugação. A nós – que saibam de uma vez por todas – ninguém vence no duelo da paixão, da convicção com que erguemos a causa verde-rubra e, com ela, a causa de um Povo. E ninguém nos vence na lealdade com que encaramos a dimensão desportiva, ramificação de uma manifestação muito mais abrangente: a vida.
Respeitamos os adversários, na nossa casa ou na casa alheia. Não somos infalíveis, não somos perfeitos e sabemos que a emoção pode toldar a razão. Uma falha aqui e ali, quem nunca? Mas larguíssimos minutos a ouvir, na nossa casa, ultrajes ao Marítimo e à Madeira? Basta. O Club Sport Marítimo lamenta e repudia o que, no Domingo, foi bem audível. O País ouviu-vos durante grande parte do jogo. Parabéns pela vitória na pequenez. Jogaram sozinhos. O Marítimo dá sempre falta de comparência nesse jogo. O País ouviu-nos após o duelo. O Leão do Almirante Reis rugiu muito alto e muito acima de toda a abjecção e incitamento ao ódio. O Club Sport Marítimo não confunde instituições com adeptos que não as honram.
Ao leme da Madeira desde 1910.
A Direcção», podemos ler.