Akiba, que tomou posse em agosto, foi envolvido em acusações de violação da lei eleitoral e desvio de fundos públicos, e de acordo com alguns jornais locais, terá pago cerca de 200 mil ienes (1.400 euros) em ajudas na candidatura às legislativas do ano passado.
O ministro admitiu que dois grupos políticos pagaram cerca de 14 milhões de ienes (cerca de 100 mil euros) em aluguer de escritórios à mulher e à mãe, entre 2011 e 2020, alegadamente não declarados pela sua mãe.
Finalmente, Akiba, que negou quaisquer ligações à controversa Igreja da Unificação, reconheceu que um ramo do Partido Liberal Democrático (LDP), ao qual pertence, fez uma doação de cerca de 48 mil ienes (340 euros) ao grupo religioso.
Aquela igreja tem estado no centro das atenções no Japão desde o homicídio do antigo primeiro-ministro Shinzo Abe, no verão, com o assassino confesso a afirmar ter cometido o crime para denunciar as concessões do Governo japonês à seita.
Para suceder a Akiba, Kishida nomeou Hiromichi Watanabe, que regressa assim ao cargo, que ocupou entre 2018 e 2019. Esta pasta trabalha nos esforços de reconstrução e socorro nas áreas afetadas pelo terramoto e tsunami de 2011.
Além de Akiba, também Mio Sugita, vice-ministro dos Assuntos Internos e das Comunicações, apresentou a demissão, na sequência de críticas a comentários e comportamentos recentes contra a comunidade ‘gay’.
Apesar de levar o partido à vitória nas legislativas de julho, a popularidade de Kishida foi gravemente afetada pelas ligações existentes entre o LDP e a Igreja da Unificação, divulgadas na sequência do homicídio de Abe.
A 24 de outubro, o ministro da Revitalização Económica Daishiro Yamagiwa renunciou devido às críticas sobre as relações que mantinha com o grupo religioso, também conhecido como a "Seita da Lua".
Mais recentemente, Kishida demitiu o ministro da Justiça Yasuhiro Hanashi a 11 de novembro, bem como Minoru Terada, que detinha a pasta do Interior.
Lusa