“O momento desta discussão é muito importante. Vivemos um momento único de disponibilidade de fundos comunitários. E, esses fundos dão privilégio a projetos como o InovCluster e que ajudem as empresas a serem mais competitivas, a desenvolver produtos de maior valor acrescentado”, disse Ana Abrunhosa, na sessão de abertura do InovFood Summit’22, em Castelo Branco.
A primeira edição do “InovFood Summit’22 – InovCluster Food Summit” decorre até quinta-feira, no Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB).
Trata-se de um evento que pretende reunir grandes nomes e marcas do agroalimentar e trazer à discussão temas tão atuais como a inovação, a transição digital e a sustentabilidade.
Neste âmbito, conta com o apoio de diversos parceiros, reunindo empresas, academia, centros de investigação e desenvolvimento tecnológico (I&DT), investigadores e entidades públicas.
A ministra realçou que se há território onde o setor agroalimentar, em todas as suas vertentes, faz sentido é em Castelo Branco.
“Nós temos os que produzem, os que refletem, os que pensam (quer no Instituto Politécnico de Castelo Branco, quer na Universidade da Beira Interior) e o InovCluster tem tido a capacidade de trazer para o território outras instituições de ensino superior que estudam estas temáticas há muitos anos”, frisou.
A governante disse que o programa Portugal 2020 está em fase de conclusão e que o Portugal 2030 vai ser iniciado, mas alertou que “os recursos só vem para o território se soubermos apresentar boas candidaturas”.
Para isso, “temos que muitas vezes nos associar para apresentar candidaturas vencedoras. É fundamental que nos capacitemos. E o InovCluster tem um papel muito importante de capacitação”.
Ana Abrunhosa reforçou a ideia de que a informação e o conhecimento aliados à forma como se fazem as candidaturas, são fundamentais para o sucesso das mesmas e para trazer os recursos financeiros para os territórios.
“Por isso, deixo-vos aqui uma palavra de estímulo e de incentivo quer no Portugal 2030, quer no Plano de Recuperação e resiliência (PRR). Mas, sobretudo no Portugal 2030 onde a prioridade é apoiar as micro e pequenas empresas neste processo de transição energética, ambiental e na economia circular. É a grande prioridade”, sustentou.
A ministra sublinhou ainda que os programas regionais já foram submetidos à Comissão Europeia, após um ano de “intensas” negociações.
E, relembrou que tudo o que seja incorporar conhecimento, adotar novas práticas é considerado inovação e tem prioridade nos fundos europeus.
“Muito em breve, teremos também disponíveis as verbas do PRR. Daremos prioridade aos projetos empresariais, daremos prioridade a estes projetos de cooperação entre a academia, laboratórios colaborativos, centros de investigação e a estas associações [InovCluster] com as empresas. Terão prioridade para nós, para não termos períodos de interregno grandes entre quadros comunitários, porque afetam muito os projetos de investimento”, sublinhou.