No final do Conselho de Ministros, o governante admitiu que "o novo aeroporto vai demorar", mas que há "urgência já hoje" e que "as obras na Portela [Humberto Delgado], não permitindo aumentar a capacidade do aeroporto, vão permitir pelo menos aumentar a fluidez do funcionamento da operação aeroportuária", indicou.
O governante garantiu que assim se irá conseguir "ganhos do ponto de vista de atrasos" com um "investimento que aumentará o conforto do passageiro".
Esta iniciativa "implica investimento e implica alterar as bases da concessão" com a ANA – Aeroportos de Portugal, detida pelo grupo Vinci, referiu, indicando que é nesse quadro que é possível "chegar a um valor" para este investimento, chegando a um "entendimento" com a concessionária.
Segundo o ministro, nesta negociação com a ANA para já só estão em causa das obras no aeroporto Humberto Delgado, visto que ainda não está definida a localização da nova infraestrutura.
“O que interessa é que há neste momento condições para negociar as bases da concessão com a ANA e isso não tem de implicar necessariamente mais dinheiro”, destacou.
“Nós temos é de negociar com a ANA o que é que deve ser feito, pode haver algumas intervenções que estavam previstas e que hoje já não façam tanto sentido, e que façam sentido outras que não estavam no contrato de concessão, e isso é um trabalho que vai decorrer para podermos chegar a um entendimento sobre as obras que têm de ser feitas quanto antes no aeroporto Humberto Delgado”, destacou.
“Esperamos que essa negociação possa decorrer com rapidez, mas tudo o que implica renegociar um contrato de concessão deve ser feito com muito cuidado”, referiu o ministro, explicando que será “feito no quadro da unidade técnica de apoio a projetos no Ministério das Finanças”.
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros uma resolução que determina a avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto de Lisboa, anunciou Pedro Nuno Santos.
Neste âmbito, a Comissão Técnica que irá levar a cabo a avaliação ambiental estratégica para o novo aeroporto de Lisboa vai estudar cinco soluções, podendo ainda propor mais caso entenda, adiantou ainda o ministro.