Um dos objetivos da greve passa por clarificar o conteúdo funcional desta carreira criada na região há cerca de um ano, salientou a coordenadora regional do SINTAP, Leonilde Cassiano.
“Tem de haver uma clarificação urgente do mesmo porque estas profissionais estão a exercer funções de execução de limpeza que, no nosso entendimento, não devem estar a ser feitas. Sempre solicitámos a eliminação total desta situação”, afirmou.
Leonilde Cassiano ironizou que “esta é a melhor carreira que existe” porque “os trabalhadores podem substituir praticamente toda a gente dentro de uma escola”.
“Isto não é admissível. Estes trabalhadores não podem estar a executar, como andam muitas vezes pressionados pelas direções, […] esse tipo de funções”, reforçou.
O sindicato exige também a “integração imediata de todos os trabalhadores da carreira de assistentes operacionais que exercem funções idênticas ou equivalentes às dos técnicos de apoio à infância nesta carreira especial, com o mínimo de dois anos de exercício efetivo de funções dentro das salas”.
Outra das exigências é que “não haja perda de pontos aquando da alteração do posicionamento remuneratório para a primeira posição a todos os trabalhadores/as que estavam posicionados nos índices 218 e 228”.
Reivindicam, igualmente, a alteração dos “rácios estabelecidos para as salas de creche e pré-escolar, desatualizados, tendo em conta a realidade atual, em particular aquando das interrupções letivas”.
Além disso, exigem “o reforço urgente e imediato dos quadros de pessoal das creches e de educação pré-escolar, inseridas ou não nos estabelecimentos do ensino básico e secundário, com trabalhadores da carreira de assistentes operacionais, com tarefas de limpeza e serviços gerais, para obstar à violação recorrente e sistemática do conteúdo funcional dos técnicos de apoio à infância”.