"O Reino da Arábia Saudita congratula-se com o anúncio pelo Presidente dos EUA, Joe Biden (…) da morte do líder terrorista da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri", pode ler-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Horas antes, o Presidente dos Estados Unidos confirmara a morte do líder da Al-Qaeda, durante uma operação antiterrorista que permitiu “fazer justiça” ao eliminar um dos mentores dos ataques de 11 de setembro.
Os ‘media’ norte-americanos adiantaram que o alvo de um ataque de ‘drone’ da Agência Central de Inteligência (CIA) “bem-sucedido”, em Cabul, era o líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri.
Joe Biden revelou que os agentes dos serviços de informação norte-americanos rastrearam Al-Zawahiri, que se encontrava numa casa no centro de Cabul, escondido com a família.
O chefe de Estado norte-americano aprovou a operação na semana passada, na segunda-feira, e esta foi executada no domingo de manhã.
Segundo a Casa Branca, apenas o líder da Al-Qaeda morreu na operação, e não houve danos colaterais, nem mesmo dos membros da família do líder da organização terrorista, sendo que a mesma informação foi transmitida por Biden.
Nascido no Egito em 1951, Zawahiri assumiu a liderança da organização terrorista após a morte de Osama bin Laden, numa operação norte-americana no Paquistão, em 2011.
O Departamento de Estado norte-americano oferecia até 25 milhões de dólares (24,3 milhões de euros) de recompensa por informações que levassem à captura do líder da Al-Qaeda.
O ataque contra Al-Zawahri permite eliminar a figura que moldou a Al-Qaeda, primeiro como ‘vice’ de Osama Bin Laden desde 1998 e depois como o seu sucessor.
As duas figuras utilizaram armas do movimento ‘jihadista’ para atacar os Estados Unidos, orquestrando o ataque mais mortífero em solo norte-americano, os ataques de 11 de setembro de 2001.
Os ataques ao World Trade Center e ao Pentágono fizeram de Bin Laden o ‘inimigo número um da América’, mas estes nunca teriam ocorrido sem o seu braço direito.
Bin Laden forneceu carisma e dinheiro à Al-Qaeda, mas Al-Zawahri trouxe capacidade tática e habilidades organizacionais necessárias para criar militantes numa rede de células em países de todo o mundo.
A operação ocorreu quase um ano depois da retirada caótica das forças norte-americanas do Afeganistão, que permitiu aos talibãs recuperarem o controlo do país, 20 anos depois.
A Al-Qaeda já tinha perdido o seu ‘número dois’, Abdullah Ahmed Abdullah, morto em agosto de 2020 em Teerão por agentes israelitas, numa operação secreta apoiada por Washington, segundo revelou na altura o jornal New York Times.
Em 03 de fevereiro, Joe Biden anunciou a morte do líder do grupo Estado Islâmico (EI) Abu Ibrahim al-Hachimi al-Qourachi, durante uma operação realizada no norte da Síria.
Lusa