"De madrugada, as forças russas atacaram a região de Odessa mais uma vez, disparando sete mísseis do tipo Kalibr simultaneamente”, avançou a agência Ukrinform, citando o Comando Operacional Sul da Ucrânia.
Os mísseis foram disparados a partir do Mar Negro, com um deles abatido pelas forças de defesa aérea, e os outros seis a atingir uma aldeia.
O ataque destruiu três casas e outros dois edifícios públicos, na sequência de um incêndio causado pelo bombardeamento. Outras propriedades particulares, carros, uma escola e um centro cultural foram também danificados, acrescentou o comando.
Seis pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança, e o fogo consumiu uma área de cerca de 300 metros quadrados, embora tenha sido rapidamente extinto, referiu o relatório.
A capital da região de Odessa tem o único acesso para o Mar Negro que os ucranianos ainda controlam.
Na região de Dnipropetrovsk, no centro do país, também foi vivida uma "noite de ansiedade e bombardeio", segundo autoridades regionais.
"Tropas russas incendiaram os distritos de Nikopol e Kryvorizky. Cerca de 40 foguetes foram disparados contra Nikopol. Duas empresas industriais foram destruídas. As explosões também causaram vários incêndios", disseram as autoridades regionais na plataforma de mensagens Telegram.
Embora não tenha havido vítimas, várias casas particulares e linhas de energia ficaram danificadas na cidade.
"No distrito de Kryvorizka, o inimigo atingiu a comunidade de Zelenodol com artilharia. Felizmente, não houve vítimas. Outras áreas da região estão calmas no momento", acrescentaram as autoridades.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de cinco mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar russa causou a fuga de mais de 16 milhões de pessoas, das quais mais de 5,7 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Também segundo as Nações Unidas, 15,7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.