Esta posição foi transmitida por António Costa no Fundão, distrito de Castelo Branco, no encerramento da cerimónia de assinatura do acordo de parceria entre o Governo português e a Comissão Europeia para a execução do Portugal 2030, quadro comunitário que permitirá a Portugal ter acesso a 23 mil milhões de euros até 2029.
Após discursos da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que coordena no Governo o planeamento e a execução dos fundos comunitários, e da comissária europeia da Política de Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, o líder do executivo referiu-se aos indicadores de Bruxelas, que procedeu a uma revisão em alta de 0,7 pontos percentuais do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português para este ano, para 6,5%, colocando o país como o que regista a maior expansão.
“Significa isto que conseguimos estar a sair de um processo muito condicionado pela pandemia da covid-19 e enfrentar esta nova realidade da guerra desencadeada pela Rússia contra a Ucrânia preservando a nossa capacidade produtiva e de atrair investimento, a nossa capacidade de criar emprego e de melhorar a nossa economia”, sustentou.
Para António Costa, o país “tem boas razões para ter confiança” face aos desafios do futuro, defendendo a existência de progressos relevantes ao nível das qualificações dos cidadãos e nos indicadores relativos às energias renováveis. Neste contexto, advogou também a existência de “oportunidades” em matéria de transição digital, sobretudo pela localização geográfica de Portugal.
“Temos estabilidade política, somos o quarto país mais pacífico e seguro do mundo e estamos numa condição financeira sustentável. Apesar das regras do Pacto de Estabilidade continuarem suspensas, já no ano passado Portugal cumpria as regras – e este ano vamos fazê-lo com grande conforto. Apesar da crise pandémica da covid-19, já no ano passado fizemos decrescer o peso da nossa dívida pública no PIB”, acrescentou.