O ataque teve por alvo um edifício residencial de Chasiv Yar, no leste da Ucrânia, segundo o governador ucraniano da região de Donetsk, a que pertence a cidade.
Pavlo Kirilenko tinha dito anteriormente que três dezenas de pessoas estariam sob os escombros do edifício de cindo andares e que as equipas de socorro estavam no local.
“Durante as operações de resgate, foram encontradas 15 pessoas mortas no local e cinco pessoas foram retiradas dos escombros”, anunciou o ramo local do Serviço de Situações de Emergência na rede social Facebook, citado pela agência francesa AFP.
As equipas de socorro disseram que várias pessoas ainda estão debaixo dos escombros, incluindo uma criança, e que conseguiram entrar em contacto com três dessas pessoas.
Kirilenko disse na rede social Telegram que o edifício foi atingido por um míssil russo “Hurricane”.
Jornalistas da AFP que chegaram ao local após o ataque viram o edifício parcialmente destruído e as equipas de resgate a trabalhar com o auxílio de uma escavadora, segundo a agência francesa.
A Rússia ainda não comentou o ataque em Chasiv Yar, uma pequena cidade que tinha cerca de 12.000 habitantes, mas tem negado que as suas forças ataquem alvos civis.
Os militares ucranianos confirmaram, no sábado, uma onda de bombardeamentos russos em múltiplas frentes, com especial destaque para Donetsk, a última região em disputa no leste da Ucrânia.
A região vizinha de Lugansk está sob controlo quase total das forças russas e dos seus aliados.
As autoridades militares ucranianas disseram que a Rússia está agora a lançar ataques a oeste da cidade de Lysychansk e que os próximos alvos serão Sloviansk e Kramatorsk.
Chasiv Yar fica a cerca de 20 quilómetros a sudeste de ambas as cidades.
Kirilenko disse que 591 civis foram mortos e 1.548 feridos na região de Donetsk desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro deste ano.
Donetsk e Lugansk, no Donbass, são duas regiões separatistas pró-russas que Moscovo reconheceu como repúblicas independentes antes de invadir a Ucrânia.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 137.º dia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A União Europeia e vários países ocidentais têm decretado sanções contra a Rússia e fornecido armas à Ucrânia.
Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será consideravelmente elevado.