O presidente do CS Marítimo Rui Fontes esteve ontem presente no programa Prolongamento da RTP Madeira, logo no dia em que se confirmou a presença de Telma Encarnação, avançada verde-rubra, na convocatória para o próximo campeonato da europa de futebol feminino. Tema esse, que foi abordado pelo presidente Ruí Fontes com um apelo “para olharmos para o futebol feminino como deve ser.”
“O Marítimo tem 115 atletas inscritas na Federação Portuguesa de Futebol, com duas equipas no Campeonato Nacional da I Divisão (seniores femininos e juniores femininos), temos seis jogadoras nos diversos escalões da seleção nacional portuguesa, temos a Telma Encarnação convocada à seleção principal”, disse o presidente dos leões do Almirante Reis.
O tema da discriminação de género foi um dos pontos tocados por Rui Fontes, tendo pedido a ‘ajuda’ do Governo Regional a nível de apoios, para dar o ‘empurrão’ necessário. “A Madeira tem todas as condições para dar o exemplo a nível nacional da condição da mulher, porque o futebol feminino em comparação com o futebol masculino está com uma discriminação muito grande. Nós não podemos colocá-lo ao mesmo nível ainda mas paulatinamente e com o tempo necessário ele encaminha-se para isso e é por isso que eu apelo que o futebol feminino receba mais apoio por parte do Governo Regional da Madeira. Neste momento, o Marítimo em dois escalões recebe 69 mil euros. Eu acho que o futebol feminino merece o máximo de atenção por parte de todos nós, porque o futebol feminino está-se a tornar um ‘caso sério’ no mundo, por exemplo no Real Madrid x Barcelona estavam mais de 90 mil pessoas a ver o jogo e em Portugal está a crescer cada vez mais.”
Outra questão abordada pelo presidente do Marítimo foi a mudança dos moldes em que a Liga Nacional de futebol feminino se vai organizar na próxima temporada: “No próximo ano o campeonato nacional feminino será com 12 equipas, num sistema corrido como é o masculino e com uma segunda volta. Eu quero chamar a atenção dos sócios, porque temos de olhar para o futebol feminino como deve ser, porque o futebol feminino em Portugal hoje em dia é profissional e o Marítimo já tem muitas profissionais.”
Rui Fontes prometeu ainda dar “todas as condições de trabalho que os masculinos têm”.