“Trocámos 60 militares, dos quais 10 oficiais (…), 16 civis também voltaram para casa”, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, na rede de mensagens Telegram.
Segundo a ministra, esta é a quinta troca de prisioneiros desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro.
A última troca aconteceu na sexta-feira, 15 de abril, após negociações “tensas” na região de Kherson, no sul da Ucrânia, parcialmente sob controlo russo, referiu Kiev, sem dar pormenores.
No dia anterior, 30 ucranianos tinham sido libertados, numa outra troca, e mais 26 conseguiram regressar a casa no início do mês.
No dia 01 de abril, a presidência ucraniana anunciou que tinha trocado russos por 86 dos seus militares.
Na segunda-feira, os serviços de segurança ucranianos também publicaram um vídeo do deputado e empresário Viktor Medvedchuk, próximo do Presidente russo, que está atualmente detido, a pedir para ser trocado por soldados e civis da cidade ucraniana sitiada de Mariupol.
Do lado russo, a televisão pública transmitiu, no mesmo dia, apelos de dois prisioneiros, identificados como os britânicos Shaun Pinner e Aiden Aslin. Os dois homens afirmam ter sido capturados durante os combates na Ucrânia e pedem ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que negoceie a sua libertação em troca de Viktor Medvedchuk.
A Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A guerra causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
Lusa