Em declarações aos jornalistas, no NewsMuseum, em Sintra, distrito de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa disse compreender a opção do Governo de não mudar o seu programa em função da atual conjuntura económica e financeira resultante da guerra na Ucrânia e da pandemia de covid-19, tendo em conta a incerteza quanto à sua duração.
Relativamente ao Orçamento do Estado para 2022, acrescentou que, pelo contrário, "há certos indicadores que tinham de mudar", "há coisas em que tinha de se mexer", porque "já se sabe que a inflação é uma, já não é outra" e "não era possível apresentar uma inflação que já não correspondia à realidade".
Em seguida, o chefe de Estado realçou que a inflação "é uma agora, ninguém sabe se é uma daqui a um mês ou dois meses ou três meses".
"Mesmo assim, chega? Ou não será um Orçamento que vai ter de ir sendo apreciado e reapreciado à medida que a situação evoluir?", perguntou então, dando a resposta: "É inevitável, é inevitável. Se a inflação baixar é uma coisa, se a inflação continuar a subir é outra coisa, são dois filmes diferentes".